José Saramago, de vez em quando, acorda do seu exílio dourado em Lanzarote (coisas que o capitalismo propicia) e dispara umas “ideias”. Num canto da página 11 do jornal Público, Saramago exorta Hillary Clinton a deixar cair o apelido do marido. E estende este grito de emancipação a todas as mulheres que considerem que “(…) levar o apelido do marido foi e continua a ser uma forma mais, e não menos importante, de diminuição da identidade pessoal e de acentuar a submissão que se esperou da mulher.” Devem ser estas ideias que são consideradas modernas e progressistas. Por muito absurdas que possa ser, hoje em dia, considerar-se que o apelido subordina a mulher ao que quer que seja. Mas se calhar estou a ser injusto para Saramago, um homem que ainda vive na época pré-queda do muro de Berlim e que ainda exulta com as virtudes da democracia e liberdade estalinista praticada na então União Soviética.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
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2 comentários:
Bem, realmente acho que consigo encontrar pelo menos uns cem assuntos mais relevantes para ocupar espaço num jornal do que essa questão.
A questão só é questão (passe a redundância) porque as palavras são proferidas por um Nobel, ou seja, um intelectual. Aliás, nestes dias, nem as feministas se lembrariam desta argumentação.
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