Em grande entrevista, era como se anunciava. E penso que não defraudou as expectativas. Numa análise geral penso que o Primeiro Ministro (PM) se saiu razoavelmente bem dos estúdios. Na minha opinião começou muito mal sem conseguir explicar a sua insistência com os tais dois artigos do Estatuto dos Açores. Enquanto o Presidente da República (PR) explicou claramente as suas razões, o PM não conseguiu disfarçar que a insistência se deveu à necessidade de satisfazer clientelas partidárias regionais. Esteve bem na questão marginal do poeta Alegre. A quem se continua a dar mais tempo do que aquele que vale e merece. E esteve particularmente bem na questão dos professores (e não na da educação, de quem ninguém fala) e da crise económica. Excepto na questão do endividamento futuro que deixará de herança para quem depois dele vier.
Não concordando com a maioria das medidas provenientes do PS, tenho que admitir que foi o PS e José Sócrates que ganhou as eleições e que, naturalmente não posso pretender que o PM siga ideias que não defende. Acho um erro a catadupa de obras públicas mas os portugueses cá estarão durante 2009 para julgar essas políticas.
Apenas um reparo à atitude dos jornalistas nas entrevistas, sobretudo quando entrevistam determinadas personalidades: haja educação, respeito e decoro. A moda começou com Manuela Moura Guedes que insulta todos os convidados que com ela não concordam. Ontem foi a vez de Ricardo Costa ultrapassar em muito o limiar da educação. Não se convida uma pessoa para de seguida bater nela. Ainda pior quando essa pessoa é o PR, o PM, um qualquer ministro, etc. Há um mínimo de regras de boa educação e de linguagem que se devia respeitar nas entrevistas.
Não concordando com a maioria das medidas provenientes do PS, tenho que admitir que foi o PS e José Sócrates que ganhou as eleições e que, naturalmente não posso pretender que o PM siga ideias que não defende. Acho um erro a catadupa de obras públicas mas os portugueses cá estarão durante 2009 para julgar essas políticas.
Apenas um reparo à atitude dos jornalistas nas entrevistas, sobretudo quando entrevistam determinadas personalidades: haja educação, respeito e decoro. A moda começou com Manuela Moura Guedes que insulta todos os convidados que com ela não concordam. Ontem foi a vez de Ricardo Costa ultrapassar em muito o limiar da educação. Não se convida uma pessoa para de seguida bater nela. Ainda pior quando essa pessoa é o PR, o PM, um qualquer ministro, etc. Há um mínimo de regras de boa educação e de linguagem que se devia respeitar nas entrevistas.
4 comentários:
Ouvi grande parte da entrevista e fiquei com uma percepção algo diferente. Bem nas questões políticas (todas, inclusive a do estatuto dos Açores), menos bem nas questões económicas. Globalmente esteve bem. Achei que os comentadores foram agressivos, mas não me pareceu que tivessem faltado ao respeito. A vida não é fácil, não está fácil e não vai ficar fácil. Por que razão é que o Primeiro-ministro deveria ter tido uma entrevista fácil? Um aspecto paralelo: os comentários da Oposição, de reacção após a entrevista, foram pouco mais do que sofríveis, quase que a dizer que não há oposição a Sócrates...
Em nenhum momento escrevi que a entrevista deveria ser fácil. Questionei o tipo de linguagem utilizada, neste caso, por Ricardo Costa. Exemplo: questão da constitucionalidade - "Como eu aposto que vais ser...". Parece-me mais próprio de conversa de café do que de uma entrevista a um PM. As perguntas e comentários podem e devem ser ditos mas com termos apropriados. Eu sei que a questão da autoridade e do respeito está fora de moda, mas continuo a pensar que a maneira como falo com com amigos não tem de ser necessariamente igual a que utilizaria se estivesse a conversar com o PM.
Ok, eu não me apercebi dessa falta de respeito.
Enviar um comentário