terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Estandarte do Natal


Seguindo o post anterior e o referido nos comentários, este é o estandarte de que se fala.
Criado por uma plataforma de famílias católicas, tem na internet um site com informações de quem criou, o que se pretende e como comprar.
É uma iniciativa excelente, procurando alterar a comercialidade do esírito natalício.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Eis a Família, a Sagrada Família

Para que não nos esqueçamos do que verdadeiramente se comemora no dia 25 de Dezembro. Prendas dão-se todos os dias (cada vez mais). Jantar ou almoçar com a família pode-se fazer em qualquer altura do ano. No dia 25 de Dezembro (esquecendo os que fazem anos neste dia), quer queiram ou não, "apenas" se comemora o nascimento de Jesus. Sim, o Natal é a celebração do nascimento de Jesus, o filho de Deus. Podem argumentar com o que quiserem, mas mesmo os ateus, agnósticos ou outros, só dão prendas no dia 25 de Dezembro ou só se juntam nesse dia porque há 2009 nasceu Jesus Cristo. Podiam escolher qualquer outro dos 364 dias do ano para festejar, mas é precisamente a 25 de Dezembro que o fazem.

PS: Esta noite da "missa do galo" celebrada em Roma, na Basílica de S. Pedro e presidida pelo Santo Padre, Bento XVI, uma senhora agrediu o Papa e atirou-o ao chão. Felizmente nada de grave se passou. A senhora em causa, como sempre nestes casos, parecia sofrer de perturbações mentais. como sempre...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Um ano

O que é que se faz num ano? Muita coisa. Mas descobre-se muito mais.

Num ano lêem-se 16 livros mas a verdade dos números revela-nos, assim como que a contar o tempo que resta, de que nunca iremos ler o suficiente.

Num ano fazem-se 18 viagens, visitam-se 14 cidades. Toma-se cada sala de embarque, cada aeroporto como uma espécie de segunda casa. Para quê, afinal, se o que descobrimos é que nunca veremos o suficiente?

Num ano tem-se o prazer de ver uma filha crescer, uma sobrinha nascer e aprendemos a contar de outra maneira os minutos que com elas passamos.

Num ano vai-se ao teatro, ao cinema para nos lembrarmos, subitamente, de que nunca foi o suficiente. Num ano fala-se, dorme-se, ama-se, odeia-se, tudo na primeira pessoa, para nos lembrarmos, a espaços, de que vivemos em comunhão.

Em bem mais do que um ano, A origem, permite escrever e argumentar com aqueles a quem gostaria de acrescentar, nem sempre acertar. Num ano descobre-se o poder limitado da palavra, os muitos escritores que andam por aí e, por fim, o país de bloggers em que vivemos.

Acabado um ano, com o aproximar do próximo, gostaria de desejar, a todos os que lerem esta mensagem, um feliz Natal e um excelente ano de 2010!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Tremor de terra

Esta semana a terra voltou a tremer. O tremor de terra ocorreu de madrugada e teve o seu epicentro a cerca de 100 km a sudoeste do Cabo de São Vicente (Sagres).

O acontecimento já foi suficientemente relatado, mas o que achei extraordinário no meio disto tudo foi a rapidez com que o assunto foi tratado na Internet. Na manhã seguinte ao tremor de terra consultei o Google Earth e já lá estava uma indicação, feita com informação de um organismo norte-americano, do local e da intensidade do tremor de terra. A localização usada não era a do cabo de São Vicente mas a de Gibraltar... (É quase caso para dizer: maldito mundo anglo-saxónico que só vê o seu próprio umbigo!)

Enfim, impressionou-me a rapidez com que a informação avançou pelo ciberespaço e que, neste caso, penso que foi mais rápida do que a que foi fornecida pelos sites, jornais, rádios e televisões portugueses.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Samuelson

Bem sei que não é um assunto do momento, mas não queria deixar de assinalá-lo. Paul Anthony Samuelson, o terceiro a receber o prémio da economia em memória de Alfred Nobel (recebeu-o em 1970), faleceu no passado domingo com 94 anos.

Como milhares de estudantes em todo o mundo, um dos meus primeiros contactos com a ciência económica foi feito através do estudo do seu livro Economia.

Na década de 1940, Samuelson perguntou por que razão a matemática e a sua linguagem não eram utilizadas como instrumentos de trabalho pela economia. E -lo com tal sucesso que acabou por influenciar decisivamente a sua forma de ensino e o seu desenvolvimento como ciência social. É certo que outros também contribuíram para este "programa de estudo" (como, por exemplo, o seu cunhado Kenneth Arrow), mas Samuelson foi um pioneiro.

Hoje em dia uma das críticas que ouvimos sobre este assunto é a de que os economistas ensinados no programa de estudo "Samuelsiano" são capazes de produzir belas teorias apoiadas por uma matemática irreprensível que, na prática, têm pouco a ver com a vida real.

Talvez. Mas Samuelson nunca disse que a matemática era a cura de todos os males. Nem tão-pouco é culpado por existirem economistas que privilegiam a beleza matemática em detrimento da explicação do que se passa à sua volta.

Mais informações sobre a vida e a obra de Samuelson podem ser obtidas aqui, no site do comité Nobel.

Um clamor de Deus

Ontem, um colega do trabalho, comentou, acerca da aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que nem o clamor de Deus, na forma de um tremor de terra (em Portugal , o mais intenso em 40 anos) fez as pessoas meditarem na aberração dessa aprovação. Obviamente que a cena era um pouco caricaturada, mas não deixa de ser curiosa a referência. Uns dirão que é um fenómeno natural (responsabilizando a natureza), outros, que é apenas a ira de Deus e outros ainda, como nós os católicos, acreditando na ciência e nos fenómenos naturais também acreditamos que nada acontece por acaso e que há uma "entidade" (no nosso caso, Deus) que "regula" a nossa vida (deixando algum livre arfbítrio ao ser humano). De qualquer forma não deixámos tecer algumas considerações sobre esse "clamor de Deus" no momento em que de deu.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Itália

Num livro que ando a ler deparei-me com a reprodução destas frases escritas por um escritor italiano.

It often happens these days that you hear people say they’re ashamed of being Italian. In fact we have good reasons to be ashamed: first and foremost, of not having been able to produce a political class that represents us and, on the contrary, tolerating for thirty years one that does not. On the other hand, we have virtues of which we are unaware, and we do not realize how rare they are in Europe and the world.“

In Reappraisals, de Tony Judt, pp. 48

O escritor é Primo Levi, sobrevivente do Holocausto e autor de Se isto é um homem. Segundo Tony Judt, uma das virtudes a que Primo Levi se estaria a referir seria a relativa despreocupação com que os italianos encaram as diferenças nacionais e étnicas.

Ao ler estas frases, escritas há mais de vinte anos atrás (o escritor suicidou-se em 1987), não pude deixar pensar na Itália actual, em Berlusconi, na divisão que o Primeiro-ministro provoca entre os seus conterrâneos (visível até nas reacções sobre a sua recente agressão em Milão) e em coisas como a recente aprovação de legislação a equiparar a imigração clandestina a crime que, na linha de pensamento de Primo Levi, talvez devessem ser consideradas muito pouco italianas.

Talvez os italianos tenham mudado. Ou será que a incapacidade em criar uma classe política que os represente um argumento válido na Itália dos dias de hoje? Há coisas que são difíceis de mudar...

Sobre as infra-estruturas de transporte

Artigo publicado hoje no El País focado na necessidade e utilidade das grandes infra-estruturas de transporte, e que apresenta diversas opiniões de grande interesse. Pode ser lido aqui.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Isto cada vez está mais bonito...

Notícia da TSF online sobre os trabalhos de uma Comissão Parlamentar. O título dela é "Maria José Nogueira Pinto chama «palhaço» a deputado socialista".

Cornichos, asneiras e adjectivos circenses.

É caso para dizer que o nível do debate político na Assembleia chegou, sem sombra de qualquer dúvida, a um nível intelectual muito elevado.

Haja esperança nos deputados da nação!

A notícia pode ser lida aqui.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Sócrates: 1 fábrica, 1200 (6x200) postos de trabalho criados

Hoje foi anunciada a localização da fábrica de baterias da Renault/Nissan. No CCB, com pompa e circunstância como em todos os anúncios de Sócrates. Ainda era Manuel Pinho ministro da economia quando se fez o primeiro anúncio: que a fábrica seria em Portugal e criaria 200 postos de trabalho. Entre Junho e Julho mais dois anúncios e mais 2x200 postos de trabalho criados, entre os carrinhos eléctrícos e as novas tecnologias a utilizar. Hoje, finalmente a localização: Aveiro e mais 200 postos de trabalho criados. Suponho que quando for lançada a 1ª pedra haja mais festa e mais 200 postos de trabalho criados. E quando for a inauguração, então, deve ser festa de caixão à cova pela criação de mais 200 postos de trabalho. Só nestes actos, passados e futuros, Sócrates conseguiu criar 1200 postos de trabalho e vangloriou-se claro. E fez, faz e continuará a fazer festa. Seria melhor que Sócrates respeitasse os milhares de indivíduos que, durante, o seu mandato perderam emprego em vez de festejar exuberantemente 200 míseros postos de trabalho a criar (no final, possivelmente nem chegarão a 200, mas enfim).
Muito bem Sr. Primeiro Ministro, desde Março até Dezembro já conseguiu criar 800 postos de trabalho, sem ter sequer lançado a 1ª pedra dessa prodigiosa fábrica.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Homenagem a Jorge Lopes (RTP)

Na semana passada (Domingo, dia 29 de Novembro)) faleceu o jornalista Jorge Lopes da RTP. Para quem nunca dele ouviu falar, Jorge Lopes era, de longe, o melhor jornalista desportivo português (especialmente na área do atletismo). Era um prazer ouvir os seus comentários nos campeonatos da Europa e do Mundo e nos Jogos Olímpicos ou em qualquer outro evento desportivo. Não se limitava a relatar o que se ia passando. Ele era um conhecedor das diversas especialidades do atletismo, era conhecedor dos atletas, das suas características, dos seus resultados. Com ele a comentar não havia momentos mortos nas transmissões. Numa época em que a pobreza de conhecimentos, a clubite, e o non-sense impera no nosso jornalismo desportivo (televisão, rádio e imprensa), Jorge Lopes era a certeza de uma cobertura bem feita, a certeza que iríamos aprender algo. Tudo com uma serenidade inigualável. Raramente vi a sua figura, mas reconhecia logo quando os comentários eram feitos por ele. Deixa saudades e a certeza da impossibilidade de sua substituição. Portugal perdeu o seu melhor comentador desportivo. Paz à sua alma.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Aviso: os "fundamentals" estão de novo aí

O texto com a declaração final da missão do FMI a Portugal serviu de notícia de primeira página aos jornais i e Público de hoje. Mais espalhafatoso e popular o primeiro do que o segundo, ambos mostram a sintonia no tipo de avisos que têm sido feitos na comunicação social sobre o caminho a trilhar em relação à política fiscal, salarial e monetária em Portugal.

E qual é o caminho? Bem é o do costume. Cortes nos benefícios sociais, controle férreo das despesas públicas (como as que são feitas na saúde) e moderação salarial (com especial referência aos funcionários públicos). Mais. Não é esquecido o plano de acordado para o aumento do salário mínimo que, de acordo com o texto, deverá ser repensado por estar fora do contexto dos fundamentos económicos actuais. Só depois é que o FMI fala em aumentos de impostos (mas, como é óbvio, não os exclui).

O FMI, no âmbito do artigo IV dos seus Articles of Agreement, realiza este tipo de missões numa base que é, normalmente, a anual. Nestas consultas, o FMI realiza reuniões com responsáveis pela política económica que, no caso português são essencialmente o Ministério das Finanças e o Banco de Portugal. O texto do FMI é datado de 29 de Novembro. O Banco de Portugal e o FMI são duas instituições que lêem o mundo através da mesma cartilha. O jornal i diz “Depois do Banco de Portugal, é a vez do FMI ” fazer avisos. Enfim, haverá alguma novidade nisto tudo?