Em relação ao post do dekuyp (Tiros nos pés) apenas concordo com duas coisas: o facto do casamento homossexual ser uma inevitabilidade, dado o ar do tempo que estamos a viver, e a questão da argumentação usada. Mas em relação a um dos argumentos, o da oportunidade do momento, deve-se referir que foi o PS e José Sócrates que o utilizaram há bem pouco tempo, na AR, aquando das propostas dos da extrema esquerda. Em relação às palavras do Sr. Cardeal Saraiva Martins não as vou comentar. Mas surpreende-me que a tertúlia do casino da Figueira da Foz apenas seja notícia quando lá vai um clérigo. Mas enfim…
Agora não concordo e, particularmente, não gosto do juízo que faz sobre quem pensa de maneira diferente da sua e que, no fundo, vai fazendo o seu caminho, perante a passividade e a indiferença dos que não pensam desta forma (e não é apenas a Igreja Católica).
Independentemente das considerações que fez sobre o casamento (voltarei a este ponto noutra ocasião), a argumentação de que todos os que consideram a homossexualidade como uma anormalidade ou um desvio comportamental são atrasados, retrógrados ou, pior, tolinhos é ofensiva. Só falta apelidá-los de homofóbicos como alguns sectores (mais sectários, passe a redundância) gostam de faze-lo, seja qual for a razão. A questão é a seguinte (e peço desculpa por usar a base da argumentação desse vulto da tolerância que é Francisco Louçã):
Ponham, em isolamento três grupos:
Grupo 1: um casal de dois coelhos machos
Grupo 2: um casal de dois coelhos fêmeas
Grupo 3: um casal de dois coelhos, um fêmea, outro macho
Pergunta: Qual acham que poderia garantir a sobrevivência da espécie?
Para quem ainda acredita que essa sobrevivência só pode ser garantida pelo grupo 3 (e que, calculo eu, devem ser poucos dado o grau de anormalidade que os caracteriza), pergunto: portanto a anormalidade é considerar normal a única combinação que pode garantir a reprodução e a sobrevivência da espécie, é isso?
A consideração de anormalidade ou de comportamento desviante resulta deste facto. Não resulta de qualquer preconceito, reprovação, rejeição ou discriminação perante aqueles que assumem esse comportamento. Cada um é livre de tomar o rumo que deseja. Não me diz respeito. É uma decisão ou uma orientação individual. Eu posso não considerar normal e não compreender determinado posicionamento mas aceito-o, desde que não interfira com a minha liberdade e não limite as minhas opções. Agora não queiram “impingir” que é um comportamento normal. Não é, é anti-natura. Mais, porque é que nesta discussão não entra o casamento poligâmico, também ele legal em vários países e fazendo parte da norma em várias sociedades? Porque é que quem defende com tanto zelo o casamento homossexual afasta da discussão o casamento poligâmico argumentando que se trata de outra discussão? Não é discriminar outras opções e orientações? Se for a vontade de todos os indivíduos envolvidos, não será uma opção tão respeitável e tão defensável como o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo? Ou será que terá de esperar até que alguém se lembre do casamento poligâmico homossexual para se tornar “normal”?
Agora não concordo e, particularmente, não gosto do juízo que faz sobre quem pensa de maneira diferente da sua e que, no fundo, vai fazendo o seu caminho, perante a passividade e a indiferença dos que não pensam desta forma (e não é apenas a Igreja Católica).
Independentemente das considerações que fez sobre o casamento (voltarei a este ponto noutra ocasião), a argumentação de que todos os que consideram a homossexualidade como uma anormalidade ou um desvio comportamental são atrasados, retrógrados ou, pior, tolinhos é ofensiva. Só falta apelidá-los de homofóbicos como alguns sectores (mais sectários, passe a redundância) gostam de faze-lo, seja qual for a razão. A questão é a seguinte (e peço desculpa por usar a base da argumentação desse vulto da tolerância que é Francisco Louçã):
Ponham, em isolamento três grupos:
Grupo 1: um casal de dois coelhos machos
Grupo 2: um casal de dois coelhos fêmeas
Grupo 3: um casal de dois coelhos, um fêmea, outro macho
Pergunta: Qual acham que poderia garantir a sobrevivência da espécie?
Para quem ainda acredita que essa sobrevivência só pode ser garantida pelo grupo 3 (e que, calculo eu, devem ser poucos dado o grau de anormalidade que os caracteriza), pergunto: portanto a anormalidade é considerar normal a única combinação que pode garantir a reprodução e a sobrevivência da espécie, é isso?
A consideração de anormalidade ou de comportamento desviante resulta deste facto. Não resulta de qualquer preconceito, reprovação, rejeição ou discriminação perante aqueles que assumem esse comportamento. Cada um é livre de tomar o rumo que deseja. Não me diz respeito. É uma decisão ou uma orientação individual. Eu posso não considerar normal e não compreender determinado posicionamento mas aceito-o, desde que não interfira com a minha liberdade e não limite as minhas opções. Agora não queiram “impingir” que é um comportamento normal. Não é, é anti-natura. Mais, porque é que nesta discussão não entra o casamento poligâmico, também ele legal em vários países e fazendo parte da norma em várias sociedades? Porque é que quem defende com tanto zelo o casamento homossexual afasta da discussão o casamento poligâmico argumentando que se trata de outra discussão? Não é discriminar outras opções e orientações? Se for a vontade de todos os indivíduos envolvidos, não será uma opção tão respeitável e tão defensável como o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo? Ou será que terá de esperar até que alguém se lembre do casamento poligâmico homossexual para se tornar “normal”?
4 comentários:
O comentário que queria deixar aqui é que o argumento sobre poligamia é sempre um argumento melhor do que os que tenho ouvido para aí serem despejados por todos os que são contra o casamento homossexual. Pelo menos tem o condão de nos fazer pensar um bocado sobre isso. De qq forma acho perigoso estares a "puxar o assunto", não vá alguém ter ideias e pensar em maneiras de colocar na legislação a poliandria, poliginia e outras formas de comportamentos poligâmicos na ordem jurídica nacional.
Permaneço com as mesmas dúvidas: 1) porque é que insistem em distinguir a discussão do "casamento" homossexual do "casamento" poligâmico? Terá que haver três homossexuais a quererem casa conjuntamente para se abir a discussão. 2) será a maioria que já se sente constrangida em dar a sua visão do problema que é anormal?
Já agora, chegaste a alguma conclusão quanto à questão dos coelhinhos?
Em relação à história dos coelhinhos, não tenho nada a dizer. Tudo o que tinha a dizer sobre "procriação" está dito no meu post. Em relação à questão da poligamina, dava para fazer outro post. Não há tempo.
Acho este vosso debate poligamicamente gay... E não tenho mais nada a dizer...
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