sábado, 7 de fevereiro de 2009

Demagogia = Francisco Louçã

Demagogia e muito mais: populismo, cinismo, arrogância, etc., etc. Já começa a ser altura de alguém dizer basta a este senhor e aos seus acólitos desse albergue espanhol que é o BE. Em Francisco Louça (FL) não consigo encontrar nada de genuíno, nada de autentico. Tudo soa a falso, a demagógico, a interesseiro.
Quando o vejo, vestido ao melhor estilo “beto”da avenida de Roma, com as suas camisas, blusões e blazers Hilfiger, Burberrys ou Pólo, a dar as suas lições no seu estilo de “grande educador” maoista, pergunto-me: o que defende realmente este homem? Uma pessoa perfeitamente enformada com o que de melhor tem a economia de mercado mas que, simultaneamente a desdenha e repele-a como se defendesse algo de verdadeiramente novo ou revolucionário. Como seria este homem a viver em países como a China, Cuba ou a Venezuela de Chávez?
Hoje ouvi, em directo numa rádio, a história dos 2 coelhinhos (suponho que macho e fêmea, já que o resultado eram muitos coelhinhos) e quase fiquei enternecido. Mas depois juntava duas notas de 100 euros que nada geravam (calculo que por serem do mesmo sexo, numa clara demonstração de modernidade do “capital”). Resultado: os trabalhadores tudo produzem, o capital nada gera.
Eu proponho um outro exercício: juntemos dois homens cosmopolitas, modernos que vivem com o que de melhor a vida tem, por exemplo, Francisco Louça e Fernando Rosas. Agora, apenas vestidos com as suas roupas de marca, enviemo-los para uma qualquer quinta no Alentejo. Deixemo-los lá 1 ano. No final desse período o que teriam produzido? Pois, os coelhos ainda geravam coelhinhos mas estas duas criaturas nem isso. Posso então concluir, alegremente, que os “trabalhadores” nada produziram. É fácil.
No entanto, o problema é que FL é líder de um partido que quer ser alternativa e, ainda por cima, é economista. Como é possível dizer tantas alarvidades alegremente e impunemente, sem ninguém o questionar? Já agora o que produziu e o que fez Francisco Loução de útil em prol da sociedade ou da economia? Ah pois, esqueci-me, ele não deve pertencer à classe trabalhador, deve ser da classe intelectual ou dirigente, aquela que guia o povo que vive na escuridão e não consegue pensar por si próprio. Devem ser os caminhos de Mao, de Pol Pot ou de Castro(s) e Chávez.
Que Deus nos proteja deste(s) senhor(es).


PS: a crédito de José Socrates: o facto de ser o único político que enfrenta de igual para igual FL e que rebate a sua frágil mas populista argumentação

5 comentários:

DeKuip disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
DeKuip disse...

Pelo menos o Francisco Louçã entra na listagem de economistas portugueses com produção científica. O que é notável, para alguém que faz política. (ver o link do meu post sobre rankings). Se não acham, procurem encontrar alguém nessa listagem com o nome de Ferreira Leite? Ou com o nome de António Borges? Não. Para um partido que parece saber tanto de economia e do que quer para Portugal nesta matéria, não deixa de ser estranho que as figuras de proa do PSD, que falam tanto de economia, não sejam conhecidos por terem publicado (em revistas da especialidade) ideias ou pensamentos sobre economia. Sim, alguma coisinha. Algures na vida deles. Algo que não seja politicamente direitista de se dizer. Tipo chavão de direita. E atenção que a listagem vem desde 1970...

GreenFlag disse...

OOOHHHH! Que grande contribuição! E trabalhar?
Não sendo particular admirador de António Borges, consigo lembrar-me de, pelo menos, uma ou duas entidades, da economia real, onde tenha trabalhado. De Manuela F. Leite nem se precisa fazer comentários. Agora Louçã...
Só se prova que Louçã numa ilha deserta só produziria alguma coisa com papel e lápis. Já agora, para além de outras tragédia noutros locais do mundo, também ja Portugal viveu essas "experiências" de pôr apenas o trabalho a produzir. E as consequÊncias disso prolongaram-se por muito tempo.

DeKuip disse...

Já estou a ver o lema do PSD para as próximas eleições: "Ohhh, e então trabalhar?". É um bom lema. Fica próximo do "deixem-nos trabalhar". O que vale é que a direita em Portugal trabalha que se farta.

GreenFlag disse...

A direita não trabalha que se farta. A extrema esquerda é que não sabe sequer o que é trabalhar.