Fevereiro é muitas vezes o mês dos Óscares. Este ano não foge a esta regra, com a cerimónia da sua entrega prevista para o dia 22.
Enquanto espero pela entrega das estatuetas, vou rtomando nota dos vencedores de outros festivais de cinema como, por exemplo, os prémios Goya de ontem.
O grande vencedor deste ano foi o filme Camino, dirigido por Javier Fesser. Segundo parece, este filme, que arrebatou seis Goya, centra-se na história da pequena Alexia González-Barros y González, hoje em processo de ser beatificada. É também um olhar sobre a Opus Dei e sobre a sua influência na vida das pessoas.
Polémicas à parte, registo a capacidade do cinema espanhol em produzir filmes que lidam com temas sensíveis e simultaneamente interessantes para o grande público. Quem é que não se lembra, por exemplo, do Mar adentro?
Pena é que as coisas deste lado da fronteira não sejam propriamente assim. Por que razão parece existir alguma dificuldade em Portugal em ver temas sensíveis, tratados de forma a atingir grandes audiências, no cinema português?
Bem sei que filmes como a Corrupção, Call Girl ou até mesmo O crime do Padre Amaro parecem indicar que as coisas estão a melhorar. Mas acho que é necessário fazer mais. A dimensão do mercado e a falta de meios não explicam, na minha modesta opinião, tudo.
Um último apontamento sobre os prémios Goya. É no mínimo curiosa a categoria para a Mejor Película Europea. Será que a Academia de las Artes Y las Ciencias Cinematrográficas de España tem algum tipo de tique britânico? Afinal de contas, não é aos britânicos que lhes apontamos a existência de uma espécie de "tensão cognitiva" no que respeita à sua relutância em incluirem as ilhas de Sua Majestade no continente europeu?
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
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