A última semana foi pródiga em potenciais momentos altos no que à política interna diz respeito. O programa “Prós e Contras” com os cabeças de lista ao Parlamento Europeu dos cinco maiores partidos. A entrevista na RTP1 ao Primeiro Ministro e os discursos das celebrações do 25 de Abril. O primeiro momento revelou-se um semi-flop devido à falta de preparação e falta de poder justificativo do candidato do PS à argumentação dos outros candidatos. Muito mal Vital Moreira (VM). A sua posição não é fácil (mas ele aceitou-a): sempre se opôs à constituição europeia (o PS é a favor), não sabe se quer ou não a continuação de Durão Barroso (o PS quer) e ainda por cima tem de debater a actual situação do país (em que o PS tem a maior fatia de responsabilidade (nos últimos 14 anos liderou o governo em 11). Ingrato sem dúvida. O facto de ser apenas “um professor catedrático de Coimbra” (como aludiu Almeida Santos para, só por isso, o qualificar como um excelente candidato) não parece ser suficiente. Apenas Ilda Figueiredo, com o mais que gasto discurso do PCP, esteve a um nível tão baixo (inverso aos decibéis debitados em cada intervenção) Miguel Portas esteve bem e coerente e conseguia menorizar VM sempre que dizia “Ó Vital, tu sabes que…”. Nuno Melo e Paulo Rangel estiveram igualmente bem. Grande capacidade argumentativa, assertivos e certeiros nos assuntos e nas críticas. Pena que de debate de ideias tivesse havido pouco.
Entrevista a José Sócrates foi um flop completo: crise (é internacional e não temos culpa – aliás, a culpa ainda é do PSD); obras públicas e investimentos sem retorno (vão ver o site do Ministério para ver as análises custo benefício), caso Freeport (coitadinho de mim, vitima de várias campanhas), blá, blá blá. Informação, justificação e soluções: ZERO. Para isto mais valia ter ficado em casa. Fica a habitual crispação do senhor que, por vezes, roça mesmo a falta de educação. Os três últimos primeiros-ministros (Durão, Santana e Sócrates) apenas chegaram a esse lugar por estarem no sítio certo no momento certo e não por méritos próprios. Há já quem pense que Manuela pode estar no sítio certo no momento certo.
Discursos das celebrações do 25 de Abril: o mesmo de sempre vindo dos Verdes e do PCP. Mais do mesmo vindo do Bloco. Intervenção acertadíssima de Teresa Caeiro (CDS) contra a corrente. Boa intervenção mas expectável de Paulo Rangel (PSD). Do PS, intervenção fraquinha de Marques Júnior que se salvou pelos momentos de emoção de quem recorda um momento do qual fez parte. O Presidente fez mais uma intervenção correcta. Muitos esperavam sangue. Tal não aconteceu mas balizou o caminho que deve ser seguido nas próximas campanhas eleitorais.
Entrevista a José Sócrates foi um flop completo: crise (é internacional e não temos culpa – aliás, a culpa ainda é do PSD); obras públicas e investimentos sem retorno (vão ver o site do Ministério para ver as análises custo benefício), caso Freeport (coitadinho de mim, vitima de várias campanhas), blá, blá blá. Informação, justificação e soluções: ZERO. Para isto mais valia ter ficado em casa. Fica a habitual crispação do senhor que, por vezes, roça mesmo a falta de educação. Os três últimos primeiros-ministros (Durão, Santana e Sócrates) apenas chegaram a esse lugar por estarem no sítio certo no momento certo e não por méritos próprios. Há já quem pense que Manuela pode estar no sítio certo no momento certo.
Discursos das celebrações do 25 de Abril: o mesmo de sempre vindo dos Verdes e do PCP. Mais do mesmo vindo do Bloco. Intervenção acertadíssima de Teresa Caeiro (CDS) contra a corrente. Boa intervenção mas expectável de Paulo Rangel (PSD). Do PS, intervenção fraquinha de Marques Júnior que se salvou pelos momentos de emoção de quem recorda um momento do qual fez parte. O Presidente fez mais uma intervenção correcta. Muitos esperavam sangue. Tal não aconteceu mas balizou o caminho que deve ser seguido nas próximas campanhas eleitorais.
1 comentário:
Não concordo com a ideia de que o Paulo Rangel tenha feito uma boa intervenção. Fez campanha política de uma forma demasiado directa num dia oficial de celebração do 25 de Abril. Tem mais dias para fazer política para as europeias.
Enviar um comentário