Está na moda o uso de “cartões de proximidade” para os mais variados fins. Em Lisboa, esta tecnologia começou a ter mais visibilidade com a criação do cartão “Viva” e a instalação de torniquetes e controlos de acesso no Metro.
A REFER parece estar agora a apostar neste tipo de tecnologia, tendo instalado linhas de controlo de acesso em várias estações da Linha de Sintra.
A estação de Monte Abraão, por exemplo, tem este sistema montado pelo menos desde Setembro/Outubro do ano passado e, a da Amadora, há pelo menos alguns meses.
E qual é o problema? O problema é que este sistema, apesar de estar fisicamente implantado, não funciona. Mais. Nem todas as estações da Linha de Sintra o têm, desconhecendo-se por completo (eu pelo menos não ouvi dizer nada sobre este assunto), sobre o critério utilizado para se ter começado com algumas estações e deixar de fora, por exemplo, a estação do Campo Grande.
Enquanto estas dúvidas persistem, é ver as gloriosas máquinas depreciarem com o tempo. Sim, porque por mais duradouro que um torniquete automático seja, ele também se gasta com o tempo. Também ele precisa de manutenção e de mais investimento público para manter a tecnologia dos “cartões de proximidade” pronta a ser usada.
Admito que não esteja completamente bem informado sobre este assunto. Mas esta situação cheira-me a desperdício. A mais um exemplo de mau planeamento e de má comunicação de objectivos.
É por isso que as discussões actuais de natureza ideológica sobre o investimento público, que dividem os partidários das “grandes obras” daqueles que acham que se deve gerir o dinheiro público no sentido de facilitar a vida dos pequenos agentes económicos me parecem, por vezes, esquecer algo da mais básico.
É que qualquer investimento público, seja ele grande ou pequeno, deve ser bem planeado e bem entendido por todos. E já agora, que seja entendido por todos (ou quase todos) como benéfico ou como uma melhoria em relação ao status quo. Será que alguém da CP/REFER consegue explicar que a situação actual é melhor (vai ser melhor) do que a anterior? Se não, cheira-me a desperdício...
quinta-feira, 2 de abril de 2009
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