terça-feira, 4 de novembro de 2008

Algumas razões para um Europeu preferir Obama


Não sendo um grande especialista na matéria, aqui vão algumas razões que me levam a preferir Barack Hussein Obama.

1º porque estamos fartos de ver a nossa vida afectada por Presidentes escolhidos por pessoas que acham que o nome Hussein é sinónimo de ligações terroristas

2º porque podendo até não ser assim tão diferentes, Obama não estará, caso seja eleito, vulnerável à vontade dos sectores ultra-conservadores do Partido Republicano

3º porque o que acontece nos EUA serve de indicação para o mundo inteiro e já era altura de, nos tempos que correm, aparecer um candidato vencedor que escolha a pobreza como um dos temas para a sua campanha

4º porque a eleição de um negro poderia ajudar a “despertar”, noutras partes do mundo, minorias e franjas da sociedade que tradicionalmente não participam na vida política de um país.

3 comentários:

DelhiVoice disse...

Os efeitos da escolha dos americanos far-se-ão sentir no mundo todo e isso faz com que haja um acompanhamento tão mediático. Para os europeus, o relacionamento com os ianques são demasiado interligados para ficarem a observar sem manifestar preferências.
O opção por Obama parece ganhar mais votos pelo simples facto de ser diferente de Bush. Embora McCain tenha dito num dos debates que não é Bush, representa continuidade. Só isto é suficiente para a maioria dos europeus não gostar dele. Depois conseguiu escolher como candidata a vice uma figura no mínimo estranha. sarah Palin parece estar completamente fora do filme. Se o objectivo era conseguir votos do eleitorado feminino, ter-se-ão perdido votos nos ponderados, homens e mulheres. Por tudo isto, penso que Obama vai ganhar e dou-lhe o benefício da dúvida. Espero que seja mais ponderado, que considere melhor questões como o Ambiente, a Economia (interna e externa) e o plano militar entre outros.

GreenFlag disse...

Um conselho, que vale, obviamente, o que vale: preparem-se! A desilusão é tanto maior quanto maior é a expectativa.

DeKuip disse...

A questão da "desilusão" é hoje referida no editorial do Público de José Manuel Fernandes. O que dizer? Infelizmente a desilusão faz parte da vida. Teremos de viver com ela. Especialmente aqueles que esperam mundos e fundos de uma nova administração americana. Eu cá pelo meu lado registo apenas a mudança ou a vontade de mudar. E é esse o sinal que mais gostava que as eleições americanas pudessem evidenciar. Para o mundo. Não tanto os argumentos que tentam provar, até à saciedade, que um e outro candidato são iguais pois vão proteger os interesses dos EUA e não os da Europa. Mas há alguém que esperava outra coisa?