Há pouco mais de uma semana estive em Atenas em trabalho. No dia do meu regresso, como tinha algumas horas livres antes do meu voo de volta para Lisboa, resolvi ir ver a Acrópole.
Infelizmente tal não me foi possível. Acontece que havia uma manifestação à porta da "cidade elevada" que impedia, a mim e aos demais interessados, de nela entrar. "Hoje não pode ser", disse um dos polícias de serviço. "Porquê?", perguntei eu, naquele jeito de turista que não percebe nada da fauna do local onde se encontra. "Porque aqueles ali estão a manifestar-se por causa de qualquer coisa", replicou o agente da lei. Devo ter feito uma cara muito infeliz porque ainda me disse qualquer coisa como "Amanhã já pode ver a Acrópole". "Que consolo!", disse de mim para mim.
Enfim, agradeci a informação, dei meia-volta e tirei uma fotografia da única coisa escrita em inglês dos manifestantes. Curiosa a referência aos permanent jobs. Talvez estes trabalhadores estivessem a lutar contra problemas relacionados com contratos a prazo ou outras formas de precariedade no emprego. Não sei, não perguntei. De qualquer das formas, pensei eu, o mundo laboral actual continua a ser, para o bem ou para o mal, avesso à palavra permanent.
Afastei-me, desejando-lhes no meu íntimo toda a sorte do mundo. Até porque se alguma vez voltar espero não dar de novo com o nariz na porta por causa de uma nova manifestação...
terça-feira, 10 de março de 2009
Permanent jobs
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