Apesar de o nome do nosso blog, hoje gostava de fazer uma pequena mudança de perspectiva, e apresentar a visão de um problema nacional desde lá fora. Trata-se dos escândalos do BPN e BPP vistos e contados pelo El País, na edição de hoje. Penso que se trata de um artigo bem escrito, objectivo, sintético e que consegue apresentar os factos mais importantes do assunto ao público (espanhol) sem cair na subjectividade quase desrespeitosa que algumas publicações internacionais anglo-saxónicas evidenciam quando falam das “economias do sul” (quem não se lembra dos “PIGS flying”?). Julguem vocês próprios:
http://www.elpais.com/articulo/empresas/Banca/deriva/Portugal/elpepueconeg/20090531elpnegemp_4/Tes
domingo, 31 de maio de 2009
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3 comentários:
Li o artigo e não concordo com o teu post. O assunto é tratado de forma "objectiva"? Acho que não. Basta olhar para o título: "Banca a la deriva en Portugal". À deriva? Se o texto quisesse ser "objectivo", o autor deveria ter referido, por exemplo, a dimensão dos dois bancos no contexto da banca portuguesa. Mas reconheço que se tivesse referido isso, o título deixaria de fazer sentido e, muito provavelmente, não captaria a atenção de tantos leitores. Mas não é de estranhar. Não estava à espera que o El País tratasse bem e "objectivamente" um assunto sobre Portugal. Aliás, cada vez mais me convenço de que a imprensa em Portugal é das poucas no mundo que se dedica a dizer mal do próprio país ao mesmo tempo que faz escola em falar bem dos outros países.
A escola de falar bem ou mal dos países tem, a quanto a mim, a ver com a já falada neutralidade dos jornais. Se um jornal tem determinada orientação vai, necessariamente, dizer bem do país quando o "seu" partido está no poder e criticá-lo quando está na oposição. Espanha é um bom exemplo disso. Em Portugal é mais conveniente "ser" neutral, pois dá mais margem de manobra para cavalgar as várias ondas que vão aparecendo.
Ok, pode até ser. Mas pondo de parte essa questão, fico com pena que um jornal tão bom como o El País ceda (como provavelmente todos os outros...) a publicar títulos bombásticos (e altamente vendáveis), mesmo que eles não representem muito bem a realidade que se pretende retratar.
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