Os momentos menos bons proporcionados pela crise financeira e económica que actualmente vivemos chegam a todo o lado. Até ao Luxemburgo, país com menos de 500 mil residentes (dos quais 13% são portugueses), e com um elevado rendimento per capita. Este país, cuja vida económica assenta na indústria do aço, no funcionalismo europeu público e na indústria financeira já viveu dias com perspectivas mais risonhas.
Na passada terça-feira, o centro da capital do Luxemburgo assistiu, algo incrédula, ao protesto violento de cerca de um milhar de trabalhadores contra a decisão de layoff temporário de mão-de-obra na maior empresa mundial de produção de aço. Quanto à "indústria" financeira, em que o Luxemburgo é um dos mais importantes centros na Europa, estamos conversados. Resta o funcionalismo público europeu para ir aguentando mais as coisas. São os sinais do tempo. Sinais porventura maus para os milhares de emigrantes portugueses que vivem no Luxemburgo e que trabalham essencialmente nos serviços e na construção civil.
São, enfim, ajustamentos na estrutura económica dos países como reacção aos ferimentos da crise. Esperemos que Trichet e outros dirigentes europeus tenha razão quando dizem que há sinais positivos que indiciam um ponto de inflexão e a tão desejada recuperação económica. Sim. Esperemos que as boas-novas estejam de facto aí ao dobrar da esquina e que as recentes declarações não sejam apenas a mera gestão das expectativas.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
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