Hoje foi anunciada a localização da fábrica de baterias da Renault/Nissan. No CCB, com pompa e circunstância como em todos os anúncios de Sócrates. Ainda era Manuel Pinho ministro da economia quando se fez o primeiro anúncio: que a fábrica seria em Portugal e criaria 200 postos de trabalho. Entre Junho e Julho mais dois anúncios e mais 2x200 postos de trabalho criados, entre os carrinhos eléctrícos e as novas tecnologias a utilizar. Hoje, finalmente a localização: Aveiro e mais 200 postos de trabalho criados. Suponho que quando for lançada a 1ª pedra haja mais festa e mais 200 postos de trabalho criados. E quando for a inauguração, então, deve ser festa de caixão à cova pela criação de mais 200 postos de trabalho. Só nestes actos, passados e futuros, Sócrates conseguiu criar 1200 postos de trabalho e vangloriou-se claro. E fez, faz e continuará a fazer festa. Seria melhor que Sócrates respeitasse os milhares de indivíduos que, durante, o seu mandato perderam emprego em vez de festejar exuberantemente 200 míseros postos de trabalho a criar (no final, possivelmente nem chegarão a 200, mas enfim).
Muito bem Sr. Primeiro Ministro, desde Março até Dezembro já conseguiu criar 800 postos de trabalho, sem ter sequer lançado a 1ª pedra dessa prodigiosa fábrica.
2 comentários:
Este comentário do caríssimo colega RightWing é mais um caso evidente de "botabaixismo". O nosso PM esforça-se em trazer novos investimentos para o país, e sofre ataques da pior espécie!!! Os postos de trabalho são “virtuais”? Pois sim, e tudo bem, mais uma evidente prova de que estão ligados as tecnologias da informação, campo muito trabalhado pelo nosso PM!!! Realmente, o Governo a tentar modernizar-nos e tu a “botar abaixo”… Velhos do Restelo, venham regozijar-se…
Temos, digo eu, que distinguir a propaganda (política) da situação concreta que, a concretizar-se, será positiva. Agora concordo que há excesso de propaganda nisto tudo. Mas mais do que a propaganda é a sensação de "vazio" e de desperdício de recursos/tempo com que fico quando vejo este tipo de apresentações para a comunicação social. O "vazio" é a de me parecer que tudo o que é apresentado é avulso, fruto de uma espécie de "navegação à vista" e sem uma ou duas ideias-chave para o desenvolvimento do rectângulo de terra a que se convencionou chamar Portugal. Mas pelo que sei, o vazio de ideias, talvez fruto de uma aversão às ideias e ideologias do século XX, é algo que não acontece só em Portugal. Acontece um pouco por todo o lado, onde a únicas ideias que parecem ser válidas é a da economia de mercado e a da impotência do Estado face ao poder globalizado do mesmo.
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