Bem sei que não é um assunto do momento, mas não queria deixar de assinalá-lo. Paul Anthony Samuelson, o terceiro a receber o prémio da economia em memória de Alfred Nobel (recebeu-o em 1970), faleceu no passado domingo com 94 anos.
Como milhares de estudantes em todo o mundo, um dos meus primeiros contactos com a ciência económica foi feito através do estudo do seu livro Economia.
Na década de 1940, Samuelson perguntou por que razão a matemática e a sua linguagem não eram utilizadas como instrumentos de trabalho pela economia. E fê-lo com tal sucesso que acabou por influenciar decisivamente a sua forma de ensino e o seu desenvolvimento como ciência social. É certo que outros também contribuíram para este "programa de estudo" (como, por exemplo, o seu cunhado Kenneth Arrow), mas Samuelson foi um pioneiro.
Hoje em dia uma das críticas que ouvimos sobre este assunto é a de que os economistas ensinados no programa de estudo "Samuelsiano" são capazes de produzir belas teorias apoiadas por uma matemática irreprensível que, na prática, têm pouco a ver com a vida real.
Talvez. Mas Samuelson nunca disse que a matemática era a cura de todos os males. Nem tão-pouco é culpado por existirem economistas que privilegiam a beleza matemática em detrimento da explicação do que se passa à sua volta.
Mais informações sobre a vida e a obra de Samuelson podem ser obtidas aqui, no site do comité Nobel.
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