
O que é que se faz num ano? Muita coisa. Mas descobre-se muito mais.
Num ano lêem-se 16 livros mas a verdade dos números revela-nos, assim como que a contar o tempo que resta, de que nunca iremos ler o suficiente.
Num ano fazem-se 18 viagens, visitam-se 14 cidades. Toma-se cada sala de embarque, cada aeroporto como uma espécie de segunda casa. Para quê, afinal, se o que descobrimos é que nunca veremos o suficiente?
Num ano tem-se o prazer de ver uma filha crescer, uma sobrinha nascer e aprendemos a contar de outra maneira os minutos que com elas passamos.
Num ano vai-se ao teatro, ao cinema para nos lembrarmos, subitamente, de que nunca foi o suficiente. Num ano fala-se, dorme-se, ama-se, odeia-se, tudo na primeira pessoa, para nos lembrarmos, a espaços, de que vivemos em comunhão.
Em bem mais do que um ano,
A origem, permite escrever e argumentar com aqueles a quem gostaria de acrescentar, nem sempre acertar. Num ano descobre-se o poder limitado da palavra, os muitos escritores que andam por aí e, por fim, o país de
bloggers em que vivemos.
Acabado um ano, com o aproximar do próximo, gostaria de desejar, a todos os que lerem esta mensagem,
um feliz Natal e um excelente ano de 2010!