domingo, 2 de agosto de 2009

O BE e a verdade (ou a falta dela, pelo BE)

Sim, é verdade, embirro com o BE. Penso mesmo que esse partido é responsável por grande parte da chicana política existente na política portuguesa. Apresentam-se como os paladinos da verdade, da transparência, da seriedade, da ética na política e, à vez, emitem uns sound-bites consentâneos com essas virtudes. Quem não critica os lucros exorbitantes do sector bancário? Quem não desejaria que as empresas (em especial as que apresentam lucros) não despedissem trabalhadores? Quem não desejaria apoiar mais e melhor aqueles que ficam sem emprego? Quem não desejaria, em suma ter um mundo melhor? Quem houve estes senhores (e em particular a sua eminência parda, Louçã) quase que é levado a acreditar que todos os outros são uns cretinos, uns inconscientes, uns insensíveis... enfim que toda a virtude bafejou apenas os iluminados bloquistas. Para além da falta de modéstia que demonstra por afirmar que está sempre acima de todos os outros, os factos também desmentem tamanha virtude deste bloco: o caso Sá Fernandes em Lisboa (que ambos mereceram tão grande foi o jogo de interesses jogado pelo Zé e pelo BE), a votação, sem pestanejar, a favor da nova lei (chumbada pelo PR) do financiamento dos partidos, o caso do jantar de homenagem a Manuel Pinho e no qual participou António Chora, o primeiro caso Joana Amaral Dias (JAD) quando foi mandatária de Soares e agora o segundo caso JAD, entre outros são exemplo do pior que a política tem e que o BE tão bem já adoptou. Aliás este último caso é emblemático da mais baixa política e das falhas de carácter dos intervenientes. Acusar o PM de convidar uma senhora do BE oferecendo-lho cargos políticos e acusá-lo de tráfico de influência foi o que fez Louçã. Uma conversa que deveria ter merecido algum sigilo, foi tornada pública por JAD que qual virgem ofendida diz que recusou liminarmente (será recusou logo ou que pediu tempo para pensar, como foi noticiado), mas nunca afirma que lhe foram oferecidos cargos políticos. O PM e bem, exige um pedido de desculpa e que diz Louça? Que não pois o governo (essa entidade que paira por aí) convidou um militante bloquista e que por isso não deve desculpas. Esquece as torpes acusações que fez e passa a frente, não sem antes, voltar a proclamar que o que o BE quer é uma política séria e de verdade. Vê-se!

1 comentário:

DeKuip disse...

Achei este episódio entre o Bloco e o PS uma palhaçada de verão. Uma coisa verdadeiramente digna da silly season.