quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Numa busca rápida realizada na passada 2ª feira (dia 17de Agosto) no jornal Record, encontrei os planteis dos 16 clubes da 1ª liga portuguesa. Com as devidas ressalvas, de desactualização constantes tal o volume de jogadores contratados e dispensados pelos nossos clubes, cheguei aos seguintes dados:
· Dos jogadores registados pelo Record, os portugueses são maioritários. No entanto, representam apenas 46% do total. Os brasileiros representam 28%, seguido por argentinos (4%) e franceses (3%);
· Sporting, Porto e Benfica têm jogadores de 8 nacionalidades. O Belenenses é o clube mais internacionalizado (11 nacionalidades) e o Paços de Ferreira o menos (apenas 4 nacionalidades;
· Vitória de Setúbal (65%) e Académica (63%) são os clubes com mais jogadores portugueses. No extremo oposto encontram-se Nacional (23%) e Porto (28%). No Benfica apenas 36% dos jogadores são portugueses enquanto no Sporting são 56%.
· Nos casos do Marítimo, do Braga e do Nacional a maioria dos jogadores não são portugueses. São brasileiros: 56%, 41% e 42%, respectivamente. No caso da Naval, a predominância é repartida equitativamente por portugueses, brasileiros e franceses.

Uma questão apenas: será que para se ser minimamente competitivo e marcar 1 golo por jogo (sim, nenhuma equipa marcou mais de um golo na 1ª jornada da liga) é necessário recorrer aos serviços de tantos imigrantes?

A questão aqui não é os imigrantes, em si mesmo. A questão aqui é quem ganha com este tráfico de jogadores. Poucos deles acrescentam qualidade ao futebol praticados. Para além da questão da oferta e procura (jogadores portugueses querem cobrar salários mais altos que os que são pagos aos imigrantes) qual o papel dos agentes dos jogadores, dos dirigentes dos clubes, das comissões, dos treinadores, etc.

3 comentários:

DeKuip disse...

Vi uns jogos do Real Madrid e do Barcelona e contam-se pelos dedos os jogadores espanhóis. O mesmo se se passa por esta Europa fora. Qual o espanto? Não foram os paladinos do mercado livre que promoveram esta situação? São as regars do "mercado" e da livre circulação de pessoas e bens a funcionar... A propósito, na 2ª jornada pelo menos duas equipas marcaram mais de um golo... E uma delas até foi contra uma equpa muito lusitana...

RightWing disse...

Tirando os casos extremos das equipas mais poderosos de alguns campeonatos (Real e Barça, Inter, Chelsea, Arsenal e Liverpool) proponho que consultes os planteis dos restantes clubes desses campeonatos. Não foi por acaso que analisei todos os clubes da 1ª liga e não apenas os três grandes.

Olho de Vidro disse...

Eu tenho a dizer que estou muito feliz porque o meu clube, o Glorioso Celta de Vigo, este ano tem no primeiro plantel maioria de jogadores da terra. Dos 24 jogadores da primeira equipa, metade são galegos e desses quase todos formados nas camadas jovens do clube. É este ano uma equipa particularmente jovem, que já é chamada o "babyCelta". Nada como uma boa crise financeira para obrigar ao clube a poupar e dar oportunidades aos jogadores da terra (e baratinhos!!!). Este ano o Celta não deverá ir para a 1a, mas pelo menos há uma equipa como a que já há anos que os sócios e adeptos andam a pedir...