Nas últimas semanas estão a chegar uma série de notícias muito engraçadas de Espanha sobre a famosa, “terrível e mortal” gripe A, que ia acabar com a gente toda de cá do sítio (e com a gente toda dos outros sítios todos, evidentemente).
O processo em Espanha tem sido o seguinte: primeiro, foi a ministra da saúde que, pouco a pouco, foi suavizando o discurso oficial por forma a relativizar o perigo da gripe e as suas consequências, reduzindo a alarma geral criada (pelos “media”, esse grande negócio) e alinhando a gripe A com a gripe sazonal. Depois chegou a hora de definir os grupos de risco e, grande surpresa, as crianças ficaram de fora (mas isto não era um vírus mortal que atacava com especial força aos jovens?!). Depois os profissionais do sistema de saúde (definidos como grupo de risco preferencial para as vacinas) disseram, através das ordens de médicos e auxiliares de enfermaria, que não achavam utilidade à vacina e, mais, a vacinação poderia ter efeitos negativos não esperados, pois a mesma ainda não foi testada, pelo que pediam ficar de fora da vacinação. Agora, a ordem dos médicos fez uma declaração na que se qualifica a gripe A de “doença fantasma” que criou uma “epidemia do medo” e que serve certos interesses económicos e políticos. E mais, hoje a ministra reconheceu publicamente que a gripe A se está a comportar de maneira mais leve do que a gripe sazonal.
OK, já há pessoas com os pés no chão neste assunto. E agora a pergunta: a quem favorece a gripe A? Evidentemente, aos grandes grupos económicos com interesse na saúde, e que muitas vezes também contam dentro desses conglomerados de empresas com meios de comunicação. Bacano, eu vendo vacinas, tu vendes jornais, e o patrão é que ganha!!! E mais outra na cabeça das farmacêuticas: como podem, com essa alegria toda, vacinar milhões de pessoas sem testar adequadamente os efeitos secundários? Ou será que já sabem que não vai ter, porque simplesmente aquilo não serve para nada? Não sei qual das duas respostas é mais enervante…
Estarei conspiranoico? Há 3 meses achava que sim, hoje já não acho.
E já agora, o papel da OMS nisto tudo pode-se qualificar de vergonhoso, no mínimo.
Podem ver notícias sobre o assunto a partir deste link:
http://www.elpais.com/sociedad/salud/
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
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1 comentário:
Concordo em absoluto. Mais, é preciso não esquecer os stocks de Tamiflu que ficaram por vender aquando da última grande pandemia: a gripe das aves, aqui há 3/4 anos e que também iria atingir em grande a Europa e causar milhares (ou seriam milhões) de mortos. Como a gripe das aves foi o flop que se viu, veio a gripe suina ou gripe A.
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