quarta-feira, 3 de março de 2010
Vítor Constâncio no BCE
Dado que o nosso blogue está ultimamente bastante chato e muito pouco saboroso (as estatísticas são interessante até certo ponto), cá venho eu propor um inquérito entre os nosso habituais sobre as perspectivas da partida de Vítor Constâncio para uma das vice-presidências do BCE. Leiam e escolham uma opção, ou comentem livremente (como é habitual), sff.
Acho que a partida de Vítor Constâncio ao BCE é:
1) Boa para o BCE e para a UE em geral, porque é uma pessoa competente que vai solucionar os problemas todos da política monetária da União
2) Boa para os alemães, porque arranjaram mais uma marioneta inofensiva e feliz (felicidade esta causada pelo belíssimo ordenado) e a coisa vai ficar na mesma
3) Má para o país, pois é mais um sinal da constante fuga de “crânios” nacionais para a emigração, forçada pela situação económica
4) Boa para o país, pois por lá o gajo não nos vai fazer muito mal, e até pode haver uma remota probabilidade de que seja nomeada uma pessoa relativamente competente para o BdP
5) Má para a UE, pois juntaram aos já habituais do BCE mais um que não percebe patavina do que está a fazer, e agora é que vão ser elas
6) Má para a humanidade em geral, pois esta nomeação é o nonagésimo nono sinal do fim do mundo (o centésimo é que vai ser a valer: Passos Coelho primeiro ministro)
7) Não sei, não tenho opinião, sou ateu
8) Outra, nenhuma das anteriores (escreve-la com rigor e seriedade)
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6 comentários:
E ainda a opção: não sei, sou crente (no caso hindú).
Todas as hipóteses (excepto a 1) me parecem verosímeis. Mas concordo particularmente com a 2, 4 e 5. O soneca vai dormir para o BCE
Ora eu dei as opções, mas não dei a minha opinião… Bom, retomando a minha habitual linha editorial catastrofista (ou, se quiserem, “vasco-pulido-valentista”), penso que a opção 6 (fim do mundo) é a mais provável.
Já agora, gostaram da foto ilustrativa do meu post? Até parece que o próprio Constâncio se pergunta qual das opções propostas será a mais acertada. Se calhar nem ele sabe…
Um bom tema.
Vítor Constâncio é dos casos típicos em Portugal de endeusamento sem qualquer razão aparente, muito comum no campo da economia.
Tecnicamente não há qualquer razão para considerar VC como um economista de nomeada, sem qualquer obra de relevo publicada, sem doutoramento ou qualquer outra recomendação que não seja política.
Claramente VC tal como a maioria dos governadores dos BP alicerçou a sua carreira à sombra da politica partidária.
Penso que é uma má noticia a saída de VC para o BCE já que em minha opinião este deveria ter sido exonerado pelo trabalho vergonhoso que desenvolveu no seu mandato.
Mais político do que técnico, VC marcou a sua actuação com comentários pouco próprios de um governador onde foram constantes as ingerências nos temas de politica económica.
Sendo o BP uma instituição anacrónica a partir da entrada de Portugal da União Monetária, VC nunca teve capacidade para alterar o papel daquela instituição, levando aos problemas de supervisão que ocorreram e sendo um protagonista nas falências do sistema financeiro português.
Sempre foi para mim especialmente penoso ouvir VC clamar pela redução dos salários, enquanto mantinha alegremente os benefícios a um quadro de administradores do BdP que em nada contribuem para o progresso económico do país.
Mais uma vez a mediocridade foi premiada, e isso é para mim uma muito má notícia.
Eu votava de bom grado na 6ª opção caso a palavra "Humanidade" não tivesse sido escrita com minúsculas. Assim tenho dúvidas sobre que conceito o Ilustre promotor do Survey se está a referir. De qualquer maneira concordo que PPC como primeiro-ministro pode perfeitamente ser entendido com o derradeiro sinal do Fim. Não de um fim qualquer, mas do Fim, bem entendido. O fim da Existência tal como a conhecemos. Enfim, porventura um sinal Dele que seguramente será bem interpretado pelo clã Bush e pelos sempre clarividentes neocriacionistas. Au revoir!
A fotografia é fantástica, evidenciando o papel do "nosso" governador "Mas o que é que estou aqui a fazer". Quanto ao fim do mundo, ele já foi anunciado quanto outro Pedro tomou posse. COnseguimos evitá-lo (ao fim do mundo, não ao Pedro, infelizmente). Com Sócrates conhecemos um fim de mundo (o que apesar de tudo, ainda se preservavam alguns valores). Com PPC e Ângelo Correia não creio que seja muito diferente do de Sócrates: a política da negociata, do favor, da clientela. Venha de lá a CE, o FMI, a OCDE ou quem quer que queira governar este ... país.
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