Obviamente que os apaniguados do PS, alguma comunicação social, bem como alguns humoristas transformados em opinion-makers políticos não quiseram saber e zombaram das intervenções de Manuela Ferreira Leite (MFL) na campanha eleitoral. E também das de Paulo Portas. Hoje, com a apresentação do PEC, e apenas 5 meses após as eleições legislativas, o que Sócrates vem fazer é dar toda a razão ao diagnóstico e às medidas então propostas por MFL. Suspensão de investimentos públicos (estruturantes para o país segundo Sócrates) como o TGV de Lisboa-Porto e Porto-Vigo e algumas auto-estradas (AE); introdução de scuts noutras AE; privatização de algumas empresas públicas (EDP, Galp, CTT, REN, TAP, seguradoras da CGD, etc.); maior rigor no “regabofe” (tão característico dos partido de esquerda) nas prestações sociais; congelamento salarial na administração pública, etc. Depois lá acenou à sua esquerda com um novo escalão no IRS (para rendimentos superiores a 150 mil euros). Se os eleitores votaram conscientemente, só podem estar muito insatisfeitos com este duplo mortal à rectaguarda do equilibrista José Sócrates. Claro que as medidas agora propostas eram e são inevitáveis. Eventualmente, ainda não serão suficientes. No entanto, Sócrates ganhou as eleições, mais uma vez, a prometer exactamente o contrario daquilo que prometeu. Por último, uma referência para o sentido de responsabilidade pedido por Sócrates aos portugueses. Espero que os trinta a tal por cento que nele votaram sejam os mais responsáveis e que não venham agora para as ruas protestar.
segunda-feira, 8 de março de 2010
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