terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Estandarte do Natal
Seguindo o post anterior e o referido nos comentários, este é o estandarte de que se fala.
Criado por uma plataforma de famílias católicas, tem na internet um site com informações de quem criou, o que se pretende e como comprar.
É uma iniciativa excelente, procurando alterar a comercialidade do esírito natalício.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Eis a Família, a Sagrada Família
PS: Esta noite da "missa do galo" celebrada em Roma, na Basílica de S. Pedro e presidida pelo Santo Padre, Bento XVI, uma senhora agrediu o Papa e atirou-o ao chão. Felizmente nada de grave se passou. A senhora em causa, como sempre nestes casos, parecia sofrer de perturbações mentais. como sempre...
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Um ano
Num ano lêem-se 16 livros mas a verdade dos números revela-nos, assim como que a contar o tempo que resta, de que nunca iremos ler o suficiente.
Num ano fazem-se 18 viagens, visitam-se 14 cidades. Toma-se cada sala de embarque, cada aeroporto como uma espécie de segunda casa. Para quê, afinal, se o que descobrimos é que nunca veremos o suficiente?
Num ano tem-se o prazer de ver uma filha crescer, uma sobrinha nascer e aprendemos a contar de outra maneira os minutos que com elas passamos.
Num ano vai-se ao teatro, ao cinema para nos lembrarmos, subitamente, de que nunca foi o suficiente. Num ano fala-se, dorme-se, ama-se, odeia-se, tudo na primeira pessoa, para nos lembrarmos, a espaços, de que vivemos em comunhão.
Em bem mais do que um ano, A origem, permite escrever e argumentar com aqueles a quem gostaria de acrescentar, nem sempre acertar. Num ano descobre-se o poder limitado da palavra, os muitos escritores que andam por aí e, por fim, o país de bloggers em que vivemos.
Acabado um ano, com o aproximar do próximo, gostaria de desejar, a todos os que lerem esta mensagem, um feliz Natal e um excelente ano de 2010!
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Tremor de terra
O acontecimento já foi suficientemente relatado, mas o que achei extraordinário no meio disto tudo foi a rapidez com que o assunto foi tratado na Internet. Na manhã seguinte ao tremor de terra consultei o Google Earth e já lá estava uma indicação, feita com informação de um organismo norte-americano, do local e da intensidade do tremor de terra. A localização usada não era a do cabo de São Vicente mas a de Gibraltar... (É quase caso para dizer: maldito mundo anglo-saxónico que só vê o seu próprio umbigo!)
Enfim, impressionou-me a rapidez com que a informação avançou pelo ciberespaço e que, neste caso, penso que foi mais rápida do que a que foi fornecida pelos sites, jornais, rádios e televisões portugueses.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Samuelson
Como milhares de estudantes em todo o mundo, um dos meus primeiros contactos com a ciência económica foi feito através do estudo do seu livro Economia.
Na década de 1940, Samuelson perguntou por que razão a matemática e a sua linguagem não eram utilizadas como instrumentos de trabalho pela economia. E fê-lo com tal sucesso que acabou por influenciar decisivamente a sua forma de ensino e o seu desenvolvimento como ciência social. É certo que outros também contribuíram para este "programa de estudo" (como, por exemplo, o seu cunhado Kenneth Arrow), mas Samuelson foi um pioneiro.
Hoje em dia uma das críticas que ouvimos sobre este assunto é a de que os economistas ensinados no programa de estudo "Samuelsiano" são capazes de produzir belas teorias apoiadas por uma matemática irreprensível que, na prática, têm pouco a ver com a vida real.
Talvez. Mas Samuelson nunca disse que a matemática era a cura de todos os males. Nem tão-pouco é culpado por existirem economistas que privilegiam a beleza matemática em detrimento da explicação do que se passa à sua volta.
Mais informações sobre a vida e a obra de Samuelson podem ser obtidas aqui, no site do comité Nobel.
Um clamor de Deus
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Itália
“It often happens these days that you hear people say they’re ashamed of being Italian. In fact we have good reasons to be ashamed: first and foremost, of not having been able to produce a political class that represents us and, on the contrary, tolerating for thirty years one that does not. On the other hand, we have virtues of which we are unaware, and we do not realize how rare they are in Europe and the world.“
In Reappraisals, de Tony Judt, pp. 48
O escritor é Primo Levi, sobrevivente do Holocausto e autor de Se isto é um homem. Segundo Tony Judt, uma das virtudes a que Primo Levi se estaria a referir seria a relativa despreocupação com que os italianos encaram as diferenças nacionais e étnicas.
Ao ler estas frases, escritas há mais de vinte anos atrás (o escritor suicidou-se em 1987), não pude deixar pensar na Itália actual, em Berlusconi, na divisão que o Primeiro-ministro provoca entre os seus conterrâneos (visível até nas reacções sobre a sua recente agressão em Milão) e em coisas como a recente aprovação de legislação a equiparar a imigração clandestina a crime que, na linha de pensamento de Primo Levi, talvez devessem ser consideradas muito pouco italianas.
Talvez os italianos tenham mudado. Ou será que a incapacidade em criar uma classe política que os represente um argumento válido na Itália dos dias de hoje? Há coisas que são difíceis de mudar...
Sobre as infra-estruturas de transporte
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Isto cada vez está mais bonito...
Cornichos, asneiras e adjectivos circenses.
É caso para dizer que o nível do debate político na Assembleia chegou, sem sombra de qualquer dúvida, a um nível intelectual muito elevado.
Haja esperança nos deputados da nação!
A notícia pode ser lida aqui.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Sócrates: 1 fábrica, 1200 (6x200) postos de trabalho criados
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Homenagem a Jorge Lopes (RTP)
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Aviso: os "fundamentals" estão de novo aí
O texto com a declaração final da missão do FMI a Portugal serviu de notícia de primeira página aos jornais i e Público de hoje. Mais espalhafatoso e popular o primeiro do que o segundo, ambos mostram a sintonia no tipo de avisos que têm sido feitos na comunicação social sobre o caminho a trilhar em relação à política fiscal, salarial e monetária em Portugal.
E qual é o caminho? Bem é o do costume. Cortes nos benefícios sociais, controle férreo das despesas públicas (como as que são feitas na saúde) e moderação salarial (com especial referência aos funcionários públicos). Mais. Não é esquecido o plano de acordado para o aumento do salário mínimo que, de acordo com o texto, deverá ser repensado por estar fora do contexto dos fundamentos económicos actuais. Só depois é que o FMI fala em aumentos de impostos (mas, como é óbvio, não os exclui).
O FMI, no âmbito do artigo IV dos seus Articles of Agreement, realiza este tipo de missões numa base que é, normalmente, a anual. Nestas consultas, o FMI realiza reuniões com responsáveis pela política económica que, no caso português são essencialmente o Ministério das Finanças e o Banco de Portugal. O texto do FMI é datado de 29 de Novembro. O Banco de Portugal e o FMI são duas instituições que lêem o mundo através da mesma cartilha. O jornal i diz “Depois do Banco de Portugal, é a vez do FMI ” fazer avisos. Enfim, haverá alguma novidade nisto tudo?
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Curiosidade mediática
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Aprender com o humor: alguns recursos para economistas e não economistas
O que talvez nem toda a gente saiba é que mesmo nesta área do saber, apelidada de tristonha, depressiva e lúgubre, existem artigos, alguns deles publicados em reputados jornais da especialidade, que mostram que os economistas, mesmo os muito famosos, não são seres completamente falhos de humor.
Se não acreditam leiam, por exemplo, o The conference Handbook, de G J. Stigler que, em duas páginas e meia do Journal of Political Economy, apresenta uma proposta para catalogar os comentários e as opiniões dos colegas de profissão em conferências e seminários.
Se acham que o artigo de Stigler é uma excepção entre laureados Nobel, então procurem The Theory of Interstelar Trade de Paul Krugman e The Effect of Prayer on God's Attitude Toward Mankind de James J. Heckman.
Mas mais exemplos existem.
Dos clássicos The Economics of Brushing Teeth (1974) e A First Lesson in Econometrics (1970), passando pelo Up or Down? A Male Economist’s Manifesto on the Toilet Seat Etiquette até ao mais contemporâneo e divertido Japan’s Phillips Curve Looks Like Japan, alguma coisa existe por aí que prova que os economistas poderão ser Criaturas que, bem vistas as coisas, conseguem brincar com a sua própria profissão.
Chegados a este ponto o leitor, especialmente aquele com pouca paciência para ler artigos em jornais da especialidade, provavelmente estará a pensar: Obrigado pelas referências que se incluem na categoria de… HUMOR de CROMO!
Pois bem, é uma opinião. Respeitemo-la e tentemos contra-argumentar.
Se só há humor de Cromo, então o que dizer do site da JokEc, parte integrante do seríssimo grupo de recursos para economistas NetEc?
Nela encontramos um acervo de piadas sobre economistas e a sua profissão. Tudo coisa para ser lida e apreendida rapidamente, num piscar de olhos. Anedotas e piadas quanto baste, escritas em poucas palavras, parcas em parágrafos e, por vezes, cheias de humor.
Desenganem-se todos aqueles que, ao ler estas linhas, pensem que não tenho mais nada para dizer. Pois bem, reservei quase para o fim o que penso ser, na minha modesta maneira de ver, ainda mais desconhecido para o comum dos mortais. E o que é?
A profissão de Stand-up Economist.
Há pelo menos um, a julgar pelo site de Yoram Bauman, Ph.d. como gosta de frisar. Local com informação vária, incluindo a referência a uma sua recente publicação chamada The Cartoon Introduction to Economics: Volume 1, Microeconomics.
Vão ao site, caso não acreditem que haja mercado para este tipo de profissão. Há vários videos dele no YouTube, sendo o mais conhecido aquele em que troca por miúdos os 10 princípios da economia enunciados num livro do economista Gregory Mankiw. Vão por mim, vale a pena ver.
Num registo um pouco diferente, e para quem estiver interessado, resta-me também fazer referência ao site dos prémios Ig Nobel. Este galardão, que começou por ser uma grande brincadeira, é presentemente feito de uma forma muito profissional e “séria”, sendo uma das rubricas em disputa aquela que é atribuída à ciência Económica.
Nunca ouviram falar? Bem, é ir ao site e ver, por exemplo, que o prémio de 2008 foi atribuído a três investigadores por terem descoberto, e passo a citar, that professional lap dancers earn higher tips when they are ovulating. O que dizer disto? Bem, talvez nada. É espreitar o site e para quem gosta... investigar.
Resta-me dizer que mais recursos sobre cartoons, anedotas e piadas sobre a economia e economistas podem ser obtidos, por exemplo, aqui.
Divirtam-se. Até porque a rir também se consegue aprender alguma coisa de Economia.
O inenarrável Prof.Mário Nogueira (FENPROF)
Fica mais que provado que aquilo que sempre foi pretendido pelos sindicatos foi a livre progressão dos professores, por antiguidade (com ou sem avaliação), tendo todos os professores o direito de chegar ao topo da carreira. Pouco importa se há ou não avaliação, se o modelo é bom ou mau ou, em última instância, quem é o/a ministra, desde que se garanta o topo da carreira para todos os professores. De preferência sem avaliação. Se tiver que ser com avaliação que seja entre pares, tipo familiar, garantindo uma boa nota para todos e nunca, mas nunca com limitações à progressão na carreira.
Tenho para mim, que ainda vamos ter saudades da firmeza da Dra. Maria de Lurdes Rodrigues. Temo que esta classe consiga manter aquilo que nenhuma outra classe (que me lembre) consegue: todos chegam ao topo da carreira.
domingo, 22 de novembro de 2009
Estarão tantos economistas enganados?
Quando se espera e deseja novo período de crescimento económico (embora não tão vigoroso como o anterior), Portugal vai voltar a perder fôlego e crescer menos que a grande maioria dos seus parceiros europeus. A juntar a isto temos um défice monstruoso e uma dívida pública galopante.
Pergunto-me: será que nomes como Campos e Cunha, Vítor Bento, Daniel Bessa, Augusto Mateus, Medina Carreira, Silva Lopes, entre outros, estarão todos errados e têm apenas uma intenção persecutória contra este governo?Não me parece. Caminhamos para o abismo, mas alegremente. Tudo porque não se deve dar ouvidos ao “bota-abaixismo”, como lhe chama o nosso PM
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Economic Outlook (OCDE)
Para além de Portugal, é possível também aceder a informação para mais países (as previsões vão até 2011). Em relação à última vez que esta instituição fez um exercício semelhante, e em relação a Portugal, há uma revisão em alta para a evolução do PIB nos próximos anos (-2,8% e 0,8% para 2009 e 2010, respectivamente) e para a taxa de desemprego (9,2% e 10,1% em 2009 e 2010, respectivamente).
O espaço denominado “Últimas previsões económicas para Portugal", que pode ser visto na barra lateral direita deste blogue, vai ser actualizada de acordo com esta nova informação.
Para quem estiver interessado em consultar outras previsões basta clicar na palavra “previsões” que se encontra disponível na secção das etiquetas, abaixo do corpo deste post.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Proibição da cobrança de encargos pelo uso de caixas automáticas
Foi hoje aprovado o Decreto-Lei que proíbe a cobrança de encargos, por parte das instituições de crédito, pela utilização dos serviços proporcionados pelas caixas automáticas.
A comunicação do Governo sobre este assunto pode ser vista aqui, no ponto seis.
Em defesa do IP
Há já alguns tempos que o magnífico Inimigo Público conta com uma Web na qual se vão publicando regularmente notícias que “se não aconteceram, podiam ter acontecido”. Só gostaria de chamar a vossa atenção sobre a quantidade de pessoas sem sentido do humor que lêem o IP e debitam a sua bílis contra estas notícias inventadas, mas verosímeis neste país aonde tudo pode acontecer. De facto, há muita gente sem sentido do humor, que não consegue rir de si próprio, ou pelo menos de uma parte de si… Eu até penso que pode haver alguns a achar que são notícias verdadeiras, dados os comentários que são feitos!!! Se não acreditam, visitem o site… Tristeza…
Une autre main de dieu?
A imprensa irlandesa salienta que a mesma mostra muita “simpatia” pela selecção irlandesa e compreensão pela situação.
Mais um episódio para alimentar o debate sobre a aplicação das novas tecnologias como meios auxiliares de decisão dos árbitros. A resposta da UEFA é a ideia dos cinco árbitros (que tem sido testada na Liga Europa).
Será suficiente para acabarem com este tipo de situações?
PS: publicado também no blogue Bolanaquinta.
Parabéns selecção Portuguesa, parabéns Seleccionador nacional
Sabemo-lo pelos resultados conseguidos nos últimos 10 anos, período em que Portugal esteve (quase) sempre presente nos palcos das grandes competições internacionais.
Soubemo-lo ontem, uma vez mais, através da brilhante qualificação de Portugal para o Mundial na África do Sul. E digo brilhante pois foi conseguida em condições extremamente difíceis, com muitos pontos perdidos no início da qualificação, para não falar na falta de crença da generalidade dos adeptos (a certa altura eu próprio tive bastantes dúvidas) e da nuvem de críticas que acompanhou tudo e todos da selecção.
Não me lembro de, perante tais adversidades, a Selecção mostrar uma atitude tão focada e ganhadora. Um bom exemplo para todos. Conseguiram-se os pontos, atingiu-se o objectivo proposto e o resto é conversa.
Diverti-me muito com a opinião de alguns comentadores desportivos – os vulgos “especialistas” – que, após a qualificação de Portugal, e perante um registo histórico de críticas ao Seleccionador, à Federação e aos jogadores, tiveram de mudar de tom e meter a viola do “triste fado” no saco.
Obrigado Selecção por mais uma pedrada no charco da crítica fácil, do pessimismo crónico de alguns e de uma certa maledicência atávica.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Dados fresquinhos sobre a economia dos EUA
A taxa de inflação nos EUA para o mês de Outubro (variação homóloga) foi de -0,2%. A press release do BLS pode ser vista aqui.
Hoje também saíram dados sobre o comportamento do mercado da habitação nos EUA. A magnitude da queda deste mercado parece ter surpreendido os analistas.
A press release conjunta do US Census Bureau e do US Department of Housing and Hurban development pode ser lida aqui.
Revisão de projecções para a economia portuguesa
O texto integral do Boletim do BP pode ser consultado aqui.
O quadro da barra lateral direita deste blog foi actualizada com estes números.
Ontem foi também a altura do INE divulgar a taxa de desemprego para o terceiro trimestre de 2009 em Portugal (9,8%).
Estranho algumas reacções que se ouviram aqui e ali sobre este número, quando já há algum tempo várias organizações internacionais apontavam para taxas de desemprego desta magnitude.
O texto integral do INE pode ser consultado aqui.
domingo, 15 de novembro de 2009
Depeche Mode em Lisboa
Conclusão: foi um bom concerto, em especial para os fãs mais fervorosos. 1h45 muito bem passadas. No que me toca, entre o Portugal – Bósnia e o concerto dos Depeche Mode fiz a escolha correcta: o concerto.
PS: péssima opção (da organização) a da entrega dos bilhetes comprados pela Internet só poder ser feita 2 horas antes do concerto. Resultado: filas intermináveis para quem já tinha pago e só precisava de levantar os bilhetes (coisa que deveria ser rápido caso se pudesse ter levantado os bilhetes nos dias ou nas horas anteriores)
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Conversas de Escritores
terça-feira, 3 de novembro de 2009
A luz ao fundo do túnel
As previsões por país e o documento integral da DG ECFIN podem ser consultadas aqui.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
A triste comemoração do dia mundial da 3ª idade
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Filosofia Voltaire
É uma frase de que gosto muito, vá-se lá saber porquê.
Tudo leva a crer de que a citação nunca tenha sido propriamente dita por Voltaire. No entanto, ela é por vezes vista como uma espécie de síntese da sua maneira de pensar (se é que isto se pode fazer da vida e obra de uma pessoa) ou como uma espécie de ícone do seu pensamento.
O pensamento de uma figura do século das luzes que teve problemas com a Igreja Católica e outros do seu tempo.
Uma ideia do caudilho
Este "grande projecto", segundo é noticiado neste artigo do Público, foi preparado em 1940 e previa a "união ibérica forçada" após um ultimato de 24/48 horas.
A confirmação deste facto não é, por sí só, uma surpresa. Deve ser, como é óbvio, interpretado no contexto da época. Aliás, o plano, atrevo-me a dizer, deve ter sido escrito num àpice até porque nessa altura já existia suficiente "literatura" sobe o assunto: Franco, enquanto cadete da Escola militar de Toledo, escreveu a sua tese de fim de curso sobre este "tema" (chamava-se, segundo consegui confirmar aqui, "Como ocupar Portugal em 24 horas").
Não é surpresa mas é um facto histórico. E mostra que pelo menos até ao fim da Segunda Guerra Mundial o receio português de anexação pela força pelos nuestros hermanos era bem real.
Como as coisas mudaram em 60 anos...
domingo, 25 de outubro de 2009
O "novo" Governo
Pelo menos teremos novos argumentos para a colecção “Uma aventura…”. Devem seguir-se os números “Uma aventura no Ministério”, “Uma aventura no Governo”, “Uma aventura na manifestação”, “Uma aventura com os sindicatos” e por aí fora.
PS: para já o governo começa bem com a grande prioridade a ser o “casamento” homossexual. Um assunto que, de facto, preocupa o país. Bravo!!!
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
A incontinência verborreica de Saramago
Isso não interessa nada, desde que a sua conta no banco (outro dos demónios) se encha mais um pouco.
PS: No post “Caim e Abel” não concordo com o DeKuip. O assunto não é sensível se debatido com conhecimento e tolerância e respeito por quem tem ideias diferentes das nossas. O problema de Saramago é a sua total ignorância sobre o assunto em causa, ou pior, a sua total intolerância perante quem pensa e age de forma diferente da sua. Quanto à ideia de renunciar à nacionalidade: a ideia foi do escritor que há uns anos atrás amuou com o Governo português. Por mim, até assinava uma petição para o incentivar a essa renúncia.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Maitê, os portugueses e Portugal
A primeira é que me parece que o assunto tem sido excessivamente empolado. Penso que nem o programa de TV brasileiro em causa (Saia Justa) nem sequer a protagonista (Maitê Proença) são merecedoras de tanta atenção.
A outra nota que gostava de deixar é a de que também conheço pessoas que cospem em locais públicos. Elas têm quatro ou cinco anos de idade e, à semelhança do que Maitê nos faz ver no seu vídeo, também acham que são muito engraçadas com este tipo gracinhas.
Caim e Abel
Sim, é polémico. O autor, reincidente nestas polémicas opiniões, toca, uma vez mais, em assuntos muito sensíveis.
De qualquer forma, fico sempre sempre surpreendido com as reacções que estas polémicas geram em certos sectores da sociedade portuguesa. Querem um exemplo? A reacção do eurodeputado Mário David (ver aqui). O que dizer da "vergonha assumida pelo eurodeputado em ser compatriota do escritor"? E do pedido (sim, leu bem, é um pedido...) para Saramago renunciar a cidadania portuguesa? Não sei. Talvez que seja um pouco despropositada e... exagerada?
Ainda bem que há reacções muito mais interessantes sobre a mesmíssima polémica. Querem um exemplo? A do padre e teólogo Carreira das Neves, que podem ser recuperadas aqui.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
ANC Versus CNC
O assunto nasceu em 2007, quando os preços de diversos alimentos básicos (leite, ovos, massas, pão, entre outros) aumentaram de maneira anormal, atingindo máximos históricos. A CNC abriu um processo, e chegou à conclusão de que as empresas tinham concertado uma estratégia para passar aos consumidores, de maneira concertada, os aumentos de preços nos mercados internacionais de várias matérias primas usadas nos seus produtos.
A notícia na imprensa pode ser lida aqui:
http://www.elmundo.es/mundodinero/2009/10/15/economia/1255611881.html
http://www.lavozdegalicia.es/dinero/2009/10/16/0003_8040246.htm
E no site da própria CNC:
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
O tambor de lata, 50 anos depois
Há uns meses atrás, tentei obter uma cópia deste romance. Na altura, foi-me dito que em tempos existiu no mercado uma tradução para o português do Brasil. Infelizmente essa edição encontrava-se esgotada. Digo infelizmente pois este livro é uma das obras mais importantes deste escritor a quem já foi atribuído o Nobel da Literatura.
sábado, 10 de outubro de 2009
Jogar ao ataque...
Penso que esta descrição se mantêm válida ainda nos dias de hoje. Aliás, acho irritante, especialmente nas qualificações, o destaque que se dão às exibições em detrimento dos resultados.
Pois bem, acabo de ler um resumo de uma conferência de imprensa de Carlos Queiróz que parece corroborar isto mesmo. Diz o seleccionador das quinas que a selecção "foi sempre uma selecção de ataque" e que atacar significa também "jogar bom futebol". Jogar bom futebol? E golos, já agora, não interessa para nada?!
Esta fixação em querer jogar bonito é, permitam-me a redundância, muito bonito. Mas não chega para qualificar uma equipa. Num "mini-campeonato" com 10 jogos ou qualquer coisa do género, o que interessa é ganhar pontos. Marcar golos. Sofrer poucos. Enfim, ser objectivo.
Há uns dias atrás, um colega da Suécia disse-me que reconhecia que Portugal jogava bom futebol e que, talvez por causa disso, merecesse estar no Mundial. Estava a ser simpático. De qualquer forma dicordo desta posição. O mérito ou demérito de uma equipa em relação às demais são subjectivos. O jogar bonito ou feio também. Os pontos que se conquistam e os golos que se marcam não.
É claro que gosto do bom futebol. Mas penso que se Portugal quiser ter uma presença mais assídua em fases finais de campeonatos de futebol tem de se focar mais nos resultados. E ter dirigentes à altura de responder pelo seu cumprimento ou incumprimento. Até porque é difícil que Portugal venha a produzir, para todo o sempre, equipas que possam "jogar bonito". Ou estarão à espera que um país com 10 milhões esteja sempre a produzir jogadores como Cristiano Ronaldo, Figo e Rui Costa?
Uns dias antes de sair de Portugal ouvi Simão Sabrosa dizer qualquer coisa do género como o "estar preparado para fazer uma grande exibição". Espero que isso queira dizer golos.
E já agora boa sorte para o jogo de Portugal. Na Hungria não se fala dele.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
NOBEL (to) OBAMA
E porquê?
Porque me parece que, por vezes, não é tanto o que os nomeados fizeram para merecer o prémio que conta, mas sim o sinal que o Comité Nobel pretende dar ao mundo e que, em conjunto com o mérito do candidato, são determinantes para a sua atribuição.
Não estou a discutir o mérito de Obama. Não. O presidente dos EUA teve o mérito de voltar a abordar assuntos que estavam congelados há muito tempo. (Nesse sentido, até acho que o prémio devia ser repartido com Bush que tive o "mérito" de as bloquear completamente...).
O que estou a dizer é que o prémio é mais um incentivo a Obama para continuar os seus esforços com vista ao desarmamento nuclear, ao estabelecimento de um diálogo frutífero com o mundo islâmico, ao reforço do multilateralismo no plano das relações internacionais. E um sinal a todos de que é este o caminho a seguir.
Mas esta é a minha opinião, e como tal, sujeita a crítica...
Na próxima segunda-feira teremos o anúncio do prémio Nobel da economia. Será às 12h00 de Lisboa. Não avanço nomes, embora ficasse muito surpreendido se, por exemplo Eugene Fama o ganhasse... De qualquer forma, se estiverem interessados em saber nomes, este site apresenta resultados de uma pool sobre o assunto. E este artigo também avança nomes.
Que sinal irá o Comité Nobel dar segunda-feira vez ao mundo?
sábado, 3 de outubro de 2009
World Economic Outlook (Outubro)
A base de dados do WTO pode ser consultada aqui.
Algumas notas e notícias dispersas
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Ainda Cavaco
"O desconforto é parte integrante da condição humana, mas até o presidente da República devia saber que há alturas na vida em que temos mesmo de engolir o sapo".
Voilá!
Lisbon Treaty
Caso tivesse de votar, caso fosse um cidadão irlandês, diria sim. Mas confesso que me sentiria um bocado aborrecido com a ideia de ser chamado a dar a minha opinião, again and again, até que o "sim" aparecesse como resultado final.
E também me sentiria um bocado "aborrecido" com o espectáculo que normalmente se segue a um "não". Viagens (neste caso) a Dublin, negociações de contrapartidas, comissário para aqui, "doces" para ali... Enfim, uma panóplia de coisas, nenhuma das quais sobre que caminhos tencionamos trilhar. Nada sobre que projecto queremos para a Europa. Nicles sobre "Sim" ou "Não". Zero sobre ir por ali ou parar por aqui...
Mas a vida é isto mesmo. É o mundo da Real Politik.
Para os irlandeses este "filme"não é novo. Já o viram com o Tratado de Nice. Agora há a sequela de Lisboa. Amigos celtas, tenham paciência e votem em consciência!
O (enorme) melão de Louçã
Afinal o auto-proclamado candidato a 1º ministro ficou em 4º lugar. Ultrapassado pelo CDS/PP (que elegeu mais 9 deputados que há 4 anos).Não chegou aos 10%. Elegeu apenas mais um deputado que o PCP (16 contra 15) e, para piorar as coisas, o resultado do PS ficou no limite mínimo esperado pelas várias projecções. Que quer isto dizer?
Bem, o BE aumentou o nº de votos em 200 mil, é verdade. Duplicou o nº de deputados, é verdade. Mas de que lhe servem esses votos e esses deputados? Para nada. A não ser para ganhar mais uns trocos no financiamento público dos partidos, o que já não é pouco. Não esquecer que o afã do BE pelo “vil” metal até os levou a votar a favor da ignóbil lei do financiamento dos partidos (depois vetada pelo PR).
Ou seja, para Louçã vai o melão da noite eleitoral. Depois de tanto prometer nas sondagens e nas projecções, ficou-se com uma mão cheia de … nada. Só para ver este epílogo valeu a pena assistir até ao fim à noite eleitoral.
PS: Parabéns ao PS (ganhou as eleições) e ao CDS/PP (que grande resultado!!!) e à TVI, o único canal que, a exemplo do que acontecera nas eleições europeias, acertou quase em cheio no escalonamento e nas % dos diversos partidos.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Comunicação ao País
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
MMS na "conchichina"
Hoje há um "Prós e contras" com os partidos pequenos (o MMS é um deles...). Será que o formato mais ou menos "generalista" deste programa vai resistir a tanta diversidade junta?
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
A Gripe dos Porcos II
2012 – Gripe das ovelhas, terrível mutação do vírus do monquilho (doença endémica do gado lanífero), que terá como efeitos secundários o crescimento descontrolado dos pelos das orelhas nos humanos e o aumento da despesa dos governos
2015 – Gripe felídea, contagiada pelo bichano de lá de casa, e da qual nunca teríamos ouvido falar (dada a sua não existência) se não fosse o lucro das farmacêutica a descer após a gripe de 2012
2018 – Gripe dos periquitos, mutação mortal (esta mesmo mortal, mas mortal mesmo!!!) da gripe das aves, transmitida pelo ataque feroz do piolho dos periquitos, a quem nunca lhe deu por atacar aos humanos até que um dia acordou chateado (olha que azar)
2021 – Gripe dos peixes, com origem no vírus da gripe das lesmas marinhas, que sofreu mutações devido às provas com armas atómicas em Mururoa (eu já vi este filme), mas transmitida aos humanos pelos simpáticos (not any more) peixinhos dourados de aquário
2024 – Gripe dos ursos (grande urso quem a apanhar)
E assim ad eternum, até que o governo mundial (sim, antevejo que dentro de 40-50 anos teremos um governo mundial, com Santana Lopes de 1º Ministro, lá andará ele) decida que a humanidade se deve tornar vegetariana e exterminar todos os animais, para assim não apanhar mais gripes parvas (não há nome de animal = não há gripe). Quem sabe se a partir desse dia as gripes não começarão a ter nomes de vegetais: gripe dos rabanetes, gripe das cenouras, gripe dos tomates (upa, upa!!!), etc, etc, etc.
E agora, uma sábias palavras: “In the long term, we're all dead” (JMK)
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
A Gripe dos Porcos
O processo em Espanha tem sido o seguinte: primeiro, foi a ministra da saúde que, pouco a pouco, foi suavizando o discurso oficial por forma a relativizar o perigo da gripe e as suas consequências, reduzindo a alarma geral criada (pelos “media”, esse grande negócio) e alinhando a gripe A com a gripe sazonal. Depois chegou a hora de definir os grupos de risco e, grande surpresa, as crianças ficaram de fora (mas isto não era um vírus mortal que atacava com especial força aos jovens?!). Depois os profissionais do sistema de saúde (definidos como grupo de risco preferencial para as vacinas) disseram, através das ordens de médicos e auxiliares de enfermaria, que não achavam utilidade à vacina e, mais, a vacinação poderia ter efeitos negativos não esperados, pois a mesma ainda não foi testada, pelo que pediam ficar de fora da vacinação. Agora, a ordem dos médicos fez uma declaração na que se qualifica a gripe A de “doença fantasma” que criou uma “epidemia do medo” e que serve certos interesses económicos e políticos. E mais, hoje a ministra reconheceu publicamente que a gripe A se está a comportar de maneira mais leve do que a gripe sazonal.
OK, já há pessoas com os pés no chão neste assunto. E agora a pergunta: a quem favorece a gripe A? Evidentemente, aos grandes grupos económicos com interesse na saúde, e que muitas vezes também contam dentro desses conglomerados de empresas com meios de comunicação. Bacano, eu vendo vacinas, tu vendes jornais, e o patrão é que ganha!!! E mais outra na cabeça das farmacêuticas: como podem, com essa alegria toda, vacinar milhões de pessoas sem testar adequadamente os efeitos secundários? Ou será que já sabem que não vai ter, porque simplesmente aquilo não serve para nada? Não sei qual das duas respostas é mais enervante…
Estarei conspiranoico? Há 3 meses achava que sim, hoje já não acho.
E já agora, o papel da OMS nisto tudo pode-se qualificar de vergonhoso, no mínimo.
Podem ver notícias sobre o assunto a partir deste link:
http://www.elpais.com/sociedad/salud/
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
· Dos jogadores registados pelo Record, os portugueses são maioritários. No entanto, representam apenas 46% do total. Os brasileiros representam 28%, seguido por argentinos (4%) e franceses (3%);
· Sporting, Porto e Benfica têm jogadores de 8 nacionalidades. O Belenenses é o clube mais internacionalizado (11 nacionalidades) e o Paços de Ferreira o menos (apenas 4 nacionalidades;
· Vitória de Setúbal (65%) e Académica (63%) são os clubes com mais jogadores portugueses. No extremo oposto encontram-se Nacional (23%) e Porto (28%). No Benfica apenas 36% dos jogadores são portugueses enquanto no Sporting são 56%.
· Nos casos do Marítimo, do Braga e do Nacional a maioria dos jogadores não são portugueses. São brasileiros: 56%, 41% e 42%, respectivamente. No caso da Naval, a predominância é repartida equitativamente por portugueses, brasileiros e franceses.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Site inovador
Este site tem sido anunciado com grande difusão (deve ter um excelente comunicador). Dizem que se trata de um sítio onde os eleitores podem colocar questões aos candidatos, debater os programas, as ideias, apresentar sugestões, enfim, um grande número de funcionalidades. Vamos ver no que dá.
Fica aqui o link do liberopinion, para testarmos e acompanharmos. Afinal, estamos em ano de eleições.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Españoles en el Mundo
Lisboa vista pelos olhos de alguns espanhóis que optaram por ficar em Portugal. A cidade contada através das histórias de pessoas ditas "normais". Um programa centrado nas pessoas. Mas no entanto com tanto para contar.
Que diferença entre este tipo de abordagem e aquela que nos é dada através dos "chatérrimos" RTP contacto da versão internacional da televisão pública portuguesa!
Viva a República?
Estes dias de verão, no que os jornalistas se submergem nas habituais “summer trash news”, ninguém estava a espera do “golpe de efeito” levado a cabo por uns cidadãos monárquicos, e que consistiu na substituição da bandeira da cidade de Lisboa pela bandeira monárquica.
Penso que se trata mais uma acção publicitária do que política, magnificada pela falta de notícias à séria (para alem de constituir delito punido por lei, mas com estado da justiça já sabemos no que vai dar). Ainda assim, e dado que não temos coisa melhor para fazer (tirando o quiz palerma sobre a nossa orientação política), peço a vossa opinião sobre o assunto, adiantando ainda as minhas questões e visões sobre o mesmo:
1) Desde já digo: sou favorável ao regime republicano. Não percebo porquê numa sociedade moderna o máximo representante dum país deve sê-lo pela simples razão de que o seu trisavô já o tinha sido. A democracia e a igualdade de oportunidades (que não o igualitarismo) são conceitos indissociáveis;
2) O problema do país não se prende com a forma em que a máxima representatividade do Estado é feita. Prende-se com outros problemas cuja solução não é “com uma monarquia como a espanhola estávamos melhor”. Os problemas de funcionamento de Poderes do Estado (como por exemplo o judicial) estão na base do “estado a que isto chegou” (como disse o Salgueiro Maia);
3) Os monárquicos trocam bandeiras, mas não vão muito mais longe. O vasto território das propostas sérias de reforma continua por explorar;
4) Um argumento que tenho encontrado várias vezes (e que me resisto a qualificar de proposta séria) é que um monarca poderia garantir a “equidistância perante as demais instituições públicas” dado que “o Chefe de Estado Real emana da Nação e não de grupos de interesse”. Bem, emanaria da Nação se assim o decidisse a Nação… E se algum dia decidisse o contrário? Estaria disposto o deposto rei a aceitar a vontade do povo?
5) E ainda sobre a parte da equidistância anteriormente citada: será que não existem grupos de interesse a influenciar o poder real? Será que o rei é “santo” e não susceptível a favorecer certas pessoas/amigos? Hmmm, esse pretenso rei nem parece humano… Aliás, mais que descrever um rei, até parecem descrever um “outsider” salomónico. Se esse lugar ficar vago, eu proponho-me, dado que sou “outsider”, não tenho grupos de interesse aos quais servir e posso treinar para ser salomónico…
E pronto, a minha opinião é evidente: Viva a República por mais 100 anos no mínimo!!!
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Economista de direita ou esquerda?
Em poucas perguntas, apura uma pontuação que dirá se são mais ou menos adeptos da economia de mercado.
Façam o teste e digam o vosso score. Eu atingi 70 pontos e o resultado disse: "Acredita no mercado quanto baste. É um crítico das teorias e aplica-as conforme as considera mais ou menos sensatas. É acima de tudo um pragmático. Pode dedicar-se à política."
O link para o quiz está aqui.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Previsões, estimativas e indicadores avançados
Hoje a OCDE divulgou os indicadores avançados - os Composite Leading Indicators - sobre o estado de saúde de 29 países que fazem parte desta organização (Portugal incluído). De acordo com a OCDE, há sinais mais evidentes de que o "fundo do poço" já foi atingido (ver press release aqui). Não deixam de ser notícias positivas, mas que têm de ser interpretadas com cuidado.
A 24 de Junho, a mesma OCDE publicou o seu Economic Outlook (relatório bianual). Previsões sobre os principais indicadores de actividade de Portugal podem também ser obtidas a partir daqui.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Publicidade enganosa
Não que eu não goste de outdoors. Não. Como consumidor, gosto que que me apresentem bons produtos. Gosto de teasers inteligentes e aprecio, como qualquer mortal, as boas campanhas de publicidade.
O que já não gosto tanto é de ver publicidade com produtos que já não estão à venda. Coisas anacrónicas, com outdoors desbotados pelo sol. Não, para mim, isso é poluição visual, publicidade enganosa.
É o que se passa com os outdoors com deputados e frases referentes às eleições europeias que ainda se vêem por este país fora. Não deveriam ter sido retirados logo após as eleições? Pensava que existia uma lei qualquer que obriga os partidos a retirarem todos os cartazes após as eleições... Se calhar estou enganado. Afinal de contas este ano vamos ter uma orgia de eleições. E pelos vistos de cartazes e de publicidade política também!
Actualização de Julho do FMI
Nesta revisão, de uma forma geral, o que nos é transmitido é que a crise económica deve ser sentida em 2009 de uma forma ligeiramente mais forte do que o previsto em Abril (-0,1 pontos percentuais) e que, em contrapartida, a recuperação em 2010 vai ser um pouco mais robusta do que se estava a pensar (+0,6 pontos percentuais).
Com especial interesse para Portugal, pois tratam-se de importantes parceiros comerciais, é de salientar a revisão em baixa, para 2009 e 2010, das previsões de crescimento económico da Espanha (-1,0 e -0,1 pontos percentuais, respectivamente) e a revisão em baixa, para 2009, para a Alemanha (-0,6%).
Aliás, de acordo com as previsões do FMI, a zona euro deverá ter um comportamento em 2009 bastante pior do que o que era previsto em Abril e ligeiramente melhor em 2010 (mas mesmo assim negativo: -0,3%). E o que poderá querer isto dizer para Portugal, um país de média dimensão aberto ao exterior? Na minha opinião reforça a ideia de que a retoma económica não está aí ao virar da esquina. Virá, na melhor das hipoteses, lá para o fim de 2010, 2011.
O texto do FMI referente a esta actualização pode ser visto aqui.
Devo lembrar que esta actualização é uma espécie de actualização intercalar, onde apenas se mostram previsões para o andamento geral da economia mundial, grandes blocos económicos e um conjunto de países seleccionados. Previsões do FMI sobre a economia portuguesa só na lá para Outubro deste ano com a revisão de todas as previsões para um conjunto muito mais alargado de países.
Para “seguir o rasto” dos últimos WEO, especialmente aqueles realizados durante a actual crise económica e financeira, basta clicar na sigla “FMI” presente secção das etiquetas da barra lateral direita deste blogue.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Leonard Cohen, grande, grande, GRANDE!!!!
domingo, 2 de agosto de 2009
O BE e a verdade (ou a falta dela, pelo BE)
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Um verdadeiro iconoclasta
...Sendo o PSD o partido à direita, esperaríamos que o crescimento do Estado fosse mais moderado quando está no poder. Mas os dados revelam uma realidade surpreendente. Quando o PSD está no poder, o monstro cresce em média 0,35% ao ano, enquanto quando é o PS no poder a despesa cresce appenas 0,25% por ano...
Estas frases fazem parte de um ensaio do economista Ricardo Reis sobre o consumo público desde 1985, publicado pelo jornal i de ontem. Surpreendente não?
É de saudar a iniciativa do jornal i. Pela lufada de ar fresco que este ensaio trás à discussão relacionada com o "monstro" da despesa pública. E pela evidência empírica retrospectiva que aponta para uma contradição entre a ideologia e a actuação dos partidos de direita em Portugal. Um exemplo: o pico do consumo público em percentagem do PIB surgiu com Durão Barroso/Pedro Santana Lopes e CDS no poder...
Sugiro a todos a leitura deste trabalho.
terça-feira, 28 de julho de 2009
Os agitadores carreiristas
Diz que os líderes carismáticos são uma raridade porque, ao invés dos agitadores carreiristas, combinam a humildade com uma visão verdadeiramente alargada do mundo onde vivem. Acreditam realmente que podem melhorar as coisas. Os agitadores, esses, procuram agitar as multidões pois acreditam que são melhores do que os que estão no poder. (Se acreditam que são melhores, onde é que fica a humildade?) Também não acreditam verdadeiramente que podem mudar as coisas pois bastas vezes vemos que, mal a crispação do momento passa, são dos primeiros a acomodarem-se e a tratar, como o comum dos mortais, da sua vidinha...
Não sei se este jornalista italiano terá cem por cento razão. Certo, certo é que também eu conheci alguns destes agitadores "carreiristas". Ou melhor, conheço as suas histórias, pois quando me cruzei com eles já estavam há algum tempo "acomodados" em posições de relevo aqui e ali.
Mas o pequeno artigo leva-me a pensar no seguinte: se a humildade e a visão de um mundo melhor são de facto características raras de serem encontradas numa única pessoa, não estaremos condenados a sermos governados quase sempre por líderes sem carisma?
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Evolução da inflação desde 1998
A figura acentua a tendência de queda da inflação homóloga que em Junho atingiu os -1,6%. Os valores da inflação, pelo menos os mais recentes, podem ser obtidos aqui.