sexta-feira, 30 de julho de 2010
Rir e fazer rir
Faleceu ontem António feio, actor, encenador e humorista.
Moçambicano, patrício, marcou a minha geração, com grandes papéis, um excelente sentido de humor, grande entrega nos papéis que desempenhou e, em resumo, um "bacano".
Na minha memória fica, além do "junkie" da novela Origens ou algumas passagens por programas da RTP, o grande Toni da Conversa da Treta. Junto a José Pedro Gomes, transformaram o "jimbras" em personagens que nos faziam gostar deles.
Com cancro do pâncreas, disse há uns meses que queria "matar o bicho a rir". Acredito que tenha consegudo dominá-lo muitas vezes com o riso e que foi assim que partiu.
Um grande bem haja Toni.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
No limite da asfixia
terça-feira, 15 de junho de 2010
O escândalo dos identificadores das “scuts”
Ponto prévio: tenho identificador da “via verde” por comodidade, por não recear que saibam por onde ando mas, porque reconheço toda a sua utilidade mas, acima de tudo, por opção.
E este é, para mim, o ponto fundamental. Esta questão da imposição da aquisição (onerosa ou gratuita é perfeitamente indiferente para o caso) para se andar nas “scuts” marca uma diferença fundamental entre esquerda e direita. O Governo PS quer obrigar todos os que querem (por obrigação ou por opção) circular em determinadas vias a obrigação de ter um identificador. Se eu não o tiver não posso circular nessa via. Isto é uma medida do pior centralismo autoritário da esquerda. O querer e o gostar de impor. À direita, onde me reconheço, o conceito é diametralmente oposto, ou seja, o indivíduo tem de ter liberdade para poder escolher o que mais lhe convém.
Eu, com o identificador da “via verde” posso escolher entre utilizar a dita “via verde” ou retirar um ticket e pagar no final da viagem. Mais, se, pura e simplesmente, não quiser ter “via verde” posso continuar a circular nas auto-estradas sem qualquer problema. Com a imposição do identificador, o indivíduo deixa de ter a opção de circular numa “scut”. Quem não tem, paciência. Calculo que para qualquer incauto turista que entre em Portugal, não lhe passará pela cabeça perguntar (sabe Deus a quem) se há vias por onde não possa circular. Mas há. Há as “scuts” por onde não poderá passar sem preencher um sem número de procedimentos. Isto é estalinismo no seu estado mais puro. É o controlo do indivíduo pelo Estado. Esta é uma questão que separa claramente a direita da esquerda: conceitos como liberdade e livre escolha.
PS: Propositadamente, não entro, na discussão da legalidade desta imposição, quer em termos de privacidade, quer de limitação de movimentos e de escolha. Estou apenas a discutir o que vale a liberdade individual.
sábado, 29 de maio de 2010
O conceito de democracia de Louçã
O mesmo senhor, que no dia em que se soube o resultado do primeiro referendo sobre o aborto, e na sua primeira reacção, se apressou a exigir um novo referendo.
Quem está connosco (9% dos portugueses que votam) são democratas. Os outros são todos perigosos reaccionários e anti-democratas. Elucidativo da cultura democrática desta gente.
Populismo e falta de decoro
A não ser que o Bloco de Esquerda tenha resolvido investir na bolsa (que blasfémia) e se tornou accionista da Sonae, BES ou de outras empresas privadas, qual é o interesse público em se saber quanto ganha um cidadão numa empresa privada? O Bloco, para além do populismo, padece de uma inveja crónica do sucesso dos outros e roça a mesquinhez e a falta de educação com essa bisbilhotice populista.
Eu, por mim, e se os accionistas das empresas privadas não se opuserem a pagar salários altos, também não tenho nenhum problema com isso. Não invejo o sucesso dos outros. Não acho que todos devamos ser pobres. Nem tão pouco acho que todos tenhamos de ganhar o mesmo. Mais, quando o dinheiro não é meu, não me preocupo com a utilização que os outros façam do seu dinheiro. A não ser que depois se venham queixar. Mas isso é outra história.
E já agora, será que o cinto dos dirigentes do Bloco também se aperta?
domingo, 23 de maio de 2010
Bravo José Mourinho!
Para mim, é impossível dizer se um treinador é o melhor do mundo ou não. No entanto, em cada época há sempre algum treinador que é o melhor do mundo. E o da época de 2009/2010, é, para mim e sem qualquer sombra de dúvida, José Mourinho (independentemente de quem ganhe o mundial). Goste-se muito, pouco ou nada do seu estilo, Mourinho marca os clubes por onde passa. Esta época houve treinadores com percursos fantásticos: Ancelotti no Chelsea, Van Gaal no Bayern ou Guardiola no Barcelona. Mas Mourinho fez mais que qualquer um deles, tanto em quantidade como em qualidade. Com um plantel relativamente curto em quantidade de jogadores com qualidade, conseguiu um onze com jogadores fantásticos e mais um ou dois suplentes capazes de garantirem alguma ausência.
Neste grupo de jogadores destaco, pelas exibições que vi, Walter Samuel, Javier Zanetti , Sneijder e Milito. Muito bem acompanhados por Júlio César, Maicon, Cambiasso e Etoo. E ainda, Lúcio, Chivu, Pandev e Stankovic.
No percurso da Champions houve três jogos marcantes: o de Stanford Bridge nos oitavos de final; o jogo de Milão com o Barcelona nas meias-finais e a final com o Bayern. Em todos eles o Inter mostrou uma clara superioridade sobre os seus adversários, incluindo sobre a equipa que melhor futebol tem vindo a praticar nos dois últimos anos: o Barcelona de Guardiola.
Além do treinador e dos jogadores, há outra pessoa que merece como ninguém este título: o presidente Massimo Moratti.
A final de Madrid foi exemplar. Tal como já havia sido a da última época, embora por motivos distintos. A do ano passado pelo futebol ofensivo e espectacular do Barcelona. A de ontem pelo exemplar rigor táctica do Inter. Ontem sem nunca descurar uma oportunidade para sair para o contra-ataque.
Por último, uma referência à forma como Van Gaal (conhecido pelo mau feitio) aplaudiu os vencedores e para o fair-play que demonstrou na hora da derrota. Um exemplo.
PARABÉNS MOURINHO!
PARABÉNS MASSIMO MORATTI!
PARABÉNS INTERNAZIONALE!
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Tabelas de retenção na fonte para 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
Uma grande jogada e um falhanço clamoroso
Esta metáfora futebolística aplica-se, na perfeição, à declaração de ontem do Sr. Presidente da República. Fez uma jogada fabulosa: uma exposição brilhante do contexto e dos argumentos utilizados na discussão sobre o tema em causa; salientou a intolerância de uma minoria que teima, sistematicamente, em apelidar de retrógrados e atrasados os que deles discordam, expôs claramente a sua posição. E depois, com a baliza escancarada falhou o golo, ou seja, não vetou o diploma. Perdeu uma excelente oportunidade de fazer prevalecer os valores de uma grande parte do seu eleitorado. Mesmo que nova votação favorável o obrigasse depois a promulgá-lo. Optou pelo tacticismo, pela solução mais confortável para a sua reeleição. Acabou por fazer uma triste figura. Não ganhou nenhum respeito daqueles que a ele se opõem e perdeu algum daqueles que são a sua base de apoio.
Foi pena.